domingo, 28 de fevereiro de 2010

Platão

De acordo com o pensamento platônico, o desprezo á razão conduz á valorização apenas das paixões pessoais, á agressividade, á imprud~encia, o que resulta em ação violenta contra o próximo.Segundo Platão, quando o homem se deixa levar pelas paixão, pelos prazeres do corpo, pela busca sem limites das satisfações físicas, ele está exercendo violência contra si mesmo, porque age de maneira irracional.E ainda, se o homem age, em sociedade, dessa maneira, não leva em consideração as necessidades alheias, tende a tornar-se um tirano e, consequentemente,provoca a infelicidade de todos.
Para compreender a doutrina platônica, o primeiro conceito a considerar é o do mundo das idéias.segundo Platão, haveria um mundo imaterial, eterno e imutável, totalmente separado do mundo sensível( o universo material, que percebemos por meio dos cincos sentidos),a que só temos acesso por meio da razão.
Afirmava que o mundo sensível é um fluxo eterno.A doutrina platônica considera que as coisas materiais são apenas meras aparências, sempre se transformando, e que não permitem por isso chegar a nenhum conhecimento verdadeiro.Para alcançar a verdade, o homem deveria dirigir sua inteligência para as idéias, para alêm do mundo sensível.
Muitas vezes, Platão serviu-se de mitos para ilustrar seu pensamento.
Segundo Platão, a realidade de tudo está no mundo das idéias..A idéia suprema é o Bem que se identifica no mito da caverna com o Sol.
O Universo, como nós conhecemos, teria sido criado por um deus inferior, o demiurgo, que teria modelado o mundo com base nas idéias,usando uma matéria preexistente e disforme.O ser humano, de acordo com Platão, é composto de corpo e alma,sendo a alma a parte mais importante e mais real do individuo.Ela seria imortal e externa, existindo sempre no mesmo plano do mundo das idéias.
Uma vez presente no homem, no mundo sensível, ela poderai “recordar-se”, pelo processo da reminiscência( anámnesis, em grego.Todo aprendizado seria na verdade uma “lembrança”,segundo ele.
Platão ainda afirmava que a alma se divide em três partes> a racional,localizada na cabeça; a emocional, alojada no peito; e a sensual, localizada no abdômen e partes adjacentes.
A racional, o guia da alma, conheceria a verdade e reuniria a inteligência, a moral e a lógica. A parte emocional conteria as emoções superiores, como a honra e o ódio a injustiça, e obedeceria fielmente á parte racional da alma.Criou o amor platônico.

O Mito da Caverna

Interpretação da alegoria
Platão referia-se aos seus contemporâneos, com suas crenças e superstições. O filósofo era qual um fugitivo capaz de fugir das amarras que prendem o homem comum às suas falsas crenças e, partindo na busca da verdade, consegue apreender um mundo mais amplo. Ao falar destas verdades para os homens afeitos às suas impressões, não seria compreendido e seria como tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente.
O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade.
Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, corruptiveis, não são funcionais e, por isso, não são objetos de conhecimento.