quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Continuação de Mitologia

ἐμοὶ δὲ θαυμάσαι θεῶν τελεσάντων οὐδέν ποτε φαίνεται ἔμμεν ἄπιστον.

Para mim, quando os deuses realizam maravilhas, nada parece inacreditável.

Píndaro, Pi, P. 10.48-50.[50]

Os Doze Deuses Gregos (Zeus no trono), por Nicolas-André Monsiau (1754- 1837), finais do século XVIII.

Quando Cronos tomou o lugar de Urano, tornou-se tão perverso quanto o pai. Com sua irmã Reia, procriou os primeiros deuses olímpicos (Héstia, Deméter, Hera, Hades, Posídon e Zeus), mas logo os devorou enquanto nasciam, pelo medo de que um deles o destronasse. Mas Zeus, o filho mais novo, com a ajuda da mãe, conseguiu escapar do destino e travou uma guerra contra seu progenitor, cujo vencedor ganharia o trono dos deuses.[44] Ao final, com a força dos Cíclopes–a quem libertou do Tártaro–Zeus venceu e condenou Cronos e os outros Titãs na prisão do Tártaro, depois de obrigar o pai a vomitar seus irmãos.[44] Para a mitologia clássica, depois dessa destituição dos Titãs, um novo panteão de deuses e deusas surgiu. Entre os principais deuses gregos estavam os olímpicos- cuja limitação de seu número para doze parece ter sido uma idéia moderna, e não antiga [51] - que residiam no Olimpo abaixo dos olhos de Zeus. Nesta fase, os olímpicos não eram os únicos deuses que os gregos adoravam: existiam uma variedade de divindades rupestres, como o deus-cabra , as ninfasNáiades (que moravam nas nascentes), Dríades (espíritos das árvores) e as Nereidas (que habitavam o mar) —, deuses de rios, Sátiros e outras divindades que residiam em florestas, bosques e mares. Além dessas criaturas, existiam no imaginário grego seres como as Erínias (ou Fúrias) (que habitavam o submundo), cuja função era perseguir os culpados de homicídio, má conduta familiar, heresia ou perjúrio.[52]