sábado, 26 de fevereiro de 2011

revisao

"Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento, assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade"



1) Ofereça alguns exemplos dos vários sentidos que damos às palavras pensamento e pensar em nossa vida cotidiana
R: Como atividade solitária e invisível. “Diga-me, em que você está pensando?”
Como indicação da própria essência humana. “O homem é um caniço pensante”. (Pascal)

2) Que significa os verbos pensare, cogitare e intelligere? Quando reunimos seus sentidos, que significa pensamento?
R: Pensare deriva do verbo latino pendere, que significa “ficar suspenso, estar ou ficar pendente ou pendurado, suspender, pesar, pagar, examinar, avaliar, ponderar, compensar, recompensar e equilibrar”.
Cogitare significa “considerar atentamente e meditar”.
Intelligere significa “escolher entre, reunir entre vários, apanhar, aprender, compreender, ler entre, ler dentro de”.
Reunidos os seus sentidos, pensamento significa uma atividade que requer atenção, uma atividade pela qual a consciência ou a inteligência coloca algo diante de si para atentamente considerar, avaliar, pesar, equilibrar, reunir, compreender, escolher, entender e ler por dentro.

3) Quais as diferenças entre instinto e hábito?
R: O instinto é inato; o hábito é adquirido.

4) Quais as semelhanças entre instinto e hábito?
R: Instinto e hábito são formas de comportamento que têm como principal características ser especializados ou específicos. Ambos especializam as funções, os meios e os fins e não possuem flexibilidade para mudá-los ou para adaptar um meio a um novo fim, nem para usar meios novos para um fim já existente. A tendência do instinto e do hábito são a repetição e o automatismo das respostas aos problemas.

5) Como e por que a inteligência difere do instinto e do hábito?
R: A inteligência difere do instinto e do hábito por sua flexibilidade, pela capacidade de encontrar novos meios para um novo fim ou de adaptar meios existentes a uma finalidade nova; pela possibilidade de enfrentar de maneira diferente situações novas e inventar novas soluções para elas; pela capacidade de escolher entre vários meios possíveis e entre vários fins possíveis.

6) Explique por que o pensamento vai mais longe do que a inteligência?
R: O pensamento vai mais longe que a inteligência porque abstrai (separa) os dados das condições imediatas de nossa experiência e os elabora em forma de conceitos, ideias e juízos, estabelecendo articulações internas e necessárias entre elas pelo raciocínio (indução e dedução), pela análise e pela síntese. Formula teorias, procura prová-las e verificá-las, pois está voltado para a verdade do conhecimento.


7) Que é um conceito ou ideia?
R: Um conceito ou ideia é uma rede de significações que nos oferece: o sentido interno e essencial daquilo a que se refere; os nexos causais ou as relações necessárias entre seus elementos, de sorte que por eles conhecemos a origem, os princípios, as consequências, as causas e os efeitos daquilo a que se refere.



8) que são juízos?
R: Juízos são as relações estabelecidas entre algo(um sujeito) e o que se afirma ou se nega dele (predicado). Dessa maneira, através dos juízos estabelecemos os eles internos e necessários entre um ser e as qualidades, as propriedades, os atributos que lhe pertencem, assim com aqueles predicados que são acidentais e que podem ser retirados sem que isso afete o sentido e a realidade de um ser.

9) Que é uma teoria? E onde ela nasce?
R: Uma teoria é a explicação, descrição e interpretação geral das causas, formas, modalidades e relações de um campo de objetos elaborados pelo pensamento através de procedimentos específicos (métodos), próprios à natureza dos objetos investigados. A teoria pode ou não nascer de uma prática, mas não é ela que permite determinar uma verdade ou falsidade teórica, e sim os critérios internos à própria teoria (seja sua correspondência com as coisas teorizadas, seja a coerência interna de seus argumentos, seus raciocínios, suas demonstrações e suas provas, seja, enfim, a consistência lógica de suas significações).

10) Quais as principais finalidades do método para o conhecimento? Por que se diz que ele tem um papel regulador?
R: Principais finalidades do método: conduzir à descoberta de uma verdade até então desconhecida; permitir a demonstração e a prova de uma verdade já conhecida; permitir a verificação de conhecimentos para averiguar se eles são ou não verdadeiros. O método tem um papel regulador do pensamento porque é ele que guia o trabalho intelectual (produção das ideias, dos experimentos, das teorias) e avalia os resultados obtidos.

11) Explique o que são métodos dedutivo, método indutivo e método de compreensão e interpretação.
R: O método dedutivo é próprio para objetos que existem apenas idealmente e que são construídos inteiramente pelo nosso pensamento.
Ao contrário, o método experimental, isto é, indutivo, é próprio das ciências naturais, que observam seus objetos e realizam experimentos.
Às ciências humanas, cabe o método de compreensão e interpretação do sentido das ações, das praticas, dos comportamentos, das instituições sociais e políticas, dos sentimentos, dos desejos, das transformações históricas, pois o homem, objeto dessas ciências, é um ser histórico/cultural que produz as instituições e o sentido delas. Tal sentido é o que precisa ser conhecido.


12) Por que o método das ciências naturais também é chamado de experimental e hipotético?
R: Experimental porque se baseia em observações e experimentos, tanto para formular quanto para verificar as teorias. Hipotético porque os cientistas partem de hipóteses sobre os objetos que guiam os experimentos e a avaliação dos resultados.

13) Por que o método nas ciências humanas também é chamado de compreensivo-interpretativo?
R: Porque seu objeto são as significações ou os sentidos dos comportamentos, das práticas e das instituições realizadas ou produzidas pelos seres humanos.

14) Segundo Lévi-Strauss, quais são as três principais características ou funções do mito?
R: Função explicativa: O presente é explicado por alguma ação passada cujos efeitos permanecem no tempo;
Função organizativa: o mito organiza as relações sociais (parentesco, de alianças, de trocas, de poder) de modo a legitimar e garantir a permanência de um sistema complexo de proibições e permissões.
Função compensatória: o mito narra uma situação passada, que é a negação do presente e serve tanto para compensar os seres humanos e alguma perda tanto para garantir-lhes que um erro passado foi corrigido no presente, de modo a oferecer uma visão estabilizada da natureza e da vida comunitária.

15) Escolha um mito e mostre como ele explica uma realidade.
R: Aqui você poderá escolher mitos de diversas tradições: grega, romana, egípcia, indígena, judaico-cristã. Importa que você estabeleça relação entre a característica simbólica dos mitos e os acontecimentos da realidade. Ex: mito da criação que explica o surgimento do homem. Na tradição judaico-cristã, isso é justificado com o mito de Adão e Eva.

16) Explique por que o mito é uma rede de metáforas e de símbolos que precisam ser decifrados ou interpretados.
R: Porque por meio de metáforas e dos símbolos o mito encarna sentidos múltiplos e simultâneos que servem para explicar coisas diferentes ou para substituir uma coisa por outra. Decifrar ou interpretar esses símbolos míticos é uma forma pela qual os homens podem adquirir algum poder para dominar o desconhecido, controlar a natureza, etc. Ele faz isso por meio da imitação nos rituais.