domingo, 15 de julho de 2012

PARABENS PELO DIA DO AMIGO

O que é amizade Amizade é um relacionamento humano que envolve conhecimento mútuo, seja real ou virtual, e que leva a uma estima e afeição. Amigos sentem-se bem na companhia real ou virtual, um do outro. Geralmente a amizade leva a um sentimento de lealdade entre si, ao ponto de colocarem os interesses do outro à frente de seu próprio interesse. Amizade resume-se em lealdade, confiança e amor, seja fraterno ou mais profundo e como Carl Rogers diz: é a aceitação de cada um como realmente ele é. Amigos são pessoas muito importantes na nossa vida. Aos verdadeiros amigos podemos desabafar, confiar e contar com eles. Em presença, além de se compartilharem momentos um em companhia do outro, eles também gostam de trabalhar, ou estudarem juntos. Os amigos evitam ser sufocantes ao outro para que haja respeito nos direitos do outro e sufoca-lo com exigências corre-se o risco de perdê-lo. A amizade pode ter como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, e uma necessidade de proteger e ser protegido por outros seres da espécie. Faz parte da amizade, não exacerbar os defeitos do outro e dividir os bons e maus momentos. Alguns amigos se denominam 'melhores amigos'. Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuges. Funcionam quase que como um 'confessionário'. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas. Os amigos se sentem atraídos pelos outros pela forma que eles são e não pelo que eles possuem. As verdadeiras amizades tudo suportam, tudo esperam, tudo crêem e tudo perdoam pelo simples fato de existir entre eles o verdadeiro amor, também conhecido como amor philéo = amor de amigos. Por muito que se possa explicar psicologicamente sobre a amizade e por muito que falem dela como um objeto científico e a estudem, a amizade é um sentimento que se deve preservar a todo o custo. Em caso de perda da amizade sugere-se a reconciliação e o perdão.

sábado, 23 de junho de 2012

filmes

A ONDA A CORRENTE DO BEM PROMETHEUS TITANS SEM LIMITES UMA VIDA MELHOR PRONTO PRA RECOMEÇAR EU SOU MARLEY E EU A ESPERA DE UM MILAGRE OS INTOCAVEIS A DELICADEZA DO AMOR (La délicatesse) Nathalie tem uma vida maravilhosa. Ela é jovem, bonita e tem o casamento perfeito. Mas quando seu marido morre num acidente, seu mundo vira de ponta cabeça. Nos anos seguiLEGITIMA DEFESA (Légitime défense) Benoit é um cara normal, casado e com um filho recém-nascido. Mas quando seu pai, um investigador particular, desaparece depois de um assalto, Benoit lança uma busca e, gradualmente, descobre a verdade perturbadora...ntes, ela foca em seu trabalho, deixROMANCE DE FORMAÇÃO (Romance de Formação) Romance de Formação acompanha jovens que carregam consigo a responsabilidade de crescer dentro de grandes instituições acadêmicas. Quatro estudantes vivem, no dia-a-dia, seus sonhos e ansFENÔMENOS PARANORMAIS (Grave Encounters) Equipe de produção realizando um reality show de caça-fantasmas se tranca em um hospital abandonado destinado ao tratamento de distúrbios mentais em busca de assombrações. eios de uma vida e profissã.ando se..
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião. Difícil é expressar por atitudes e gestos o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá. Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz. Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação. Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer. Fácil é demostrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais. Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para o nosso coração. Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil. Fácil é dizer ” oi ” ou ” como vai ? ” Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas… Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo, como uma corrente elétrica, quando tocamos a pessoa certa. Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama. Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas. Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros. Fácil é perguntar o que se deseja saber. Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta. Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria. Fácil é dar um beijo. Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro. Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que somente uma vai te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro. Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado. Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho. Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A FILOSOFIA VAI A ESCOLA

Encontre-me aqui ó: Assine o Blog Coloque aqui seu e-mail: Delivered by FeedBurner Hora da Coruja JUST TV – HORA DA CORUJA Entrevista no Jô Soares Consulte! Portal Brasileiro da Filosofia Centro de Estudos F. Americana Revista Redescrições Aforismos Filosofia no Dailymotion Ghiraldelli no Blogger! Ghiraldelli no Tumblr Just TV Filosofia no Youtube JUST TV Donald Davidson Davidson – Clique! Twitter filosofia A #filosofia vai à #escola: A filosofia, uma vez na escola, talvez seja o único… http://t.co/xPa2YOng about an hour ago Tags amor casamento corpo Davidson democracia Deus Dewey Dilma direita Eros escola esquerda FHC filosofia Foucault Freud gay Habermas Hegel Heidegger Jesus Kant liberalismo liberdade Locke Lula Marx mulher Nietzsche Paulo Freire Pedagogia Platão política pragmatismo professor Rawls Rorty Rousseau Serra sexo Sócrates universidade Weber Wittgenstein ética Calendário April 2012 M T W T F S S « Mar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 A filosofia vai à escola 24/04/2012 O jovem professor Bicota havia conseguido ser empregado no Colégio de sua cidade natal. Recém empossado, botou seu avental branco e, de giz em punho, foi para a sala de aula, logo no primeiro dia do ano letivo. Albino Cotia era o nome da fera. Mas, dado que todo mundo por ali falava muito rápido, ele era chamado de “bincotia” e depois “bincota” e, enfim, “bicota”. Era professor de filosofia. Ninguém sabia o que era filosofia – ao menos naquela turma de estudantes, chegados no primeiro ano do ensino médio exatamente quando o Colégio tinha seu primeiro professor de filosofia. Era ele, o professor Bicota, de giz em punho. Bicota entrou na sala e se apresentou. Os alunos olharam, olharam … era como se estivessem em uma excursão para o zoológico, mas sem sair da sala. Ali estava um professor de filosofia com um nome estranho. Bicota! E, afinal, sabe-se lá o que ele iria falar em uma aula com um nome pouco comum: “filosofia”. Uma menina escreveu na capa do caderno: “aula de bicofia”. Talvez não fosse realmente a melhor aluna, mas não era das piores. A peixeinho da sala, loira, peitos duros de menina-moça e uma mini-saia de deixar Bicota estarrecido com a idéia de Kant ter conseguido morrer virgem, se ofereceu para fazer a chamada. Os cílios dela eram enormes e ao escutar sua voz, Bicota percebeu que poderia ter uma ereção ali mesmo, diante de todos, e mais que rapidamente se refugiou para trás da mesa. Sentou-se. Respirou e deu a caderneta para a garota, cujas mãos foram direto para as mãos dele, e só depois para a caderneta. Bicota sentiu que a ereção não seguiu seu curso, substituída pelo suor frio. Cínthia fez a chamada. Enquanto isso, Bicota colocou no quadro a palavra “Philo-sophia”. Tudo estava preparado para dizer aos garotos de como lá na Grécia antiga Pitágoras, muito provavelmente, havia sido o primeiro a usar a palavra “philosopho” e, daí, se ter a origem de Philosophia, a amizade ao saber. Mas antes mesma da chamada terminar e nem bem ele tinha posto a palavra no quadro, veio uma pergunta lá do fundo da sala, por meio de uma voz de Pokémon. “Professor, como é que se faz para acertar tudo nessa matéria e passar de ano?”. Bicota voltou-se para aquela voz. Não era só a voz de Pokémon. Era o próprio. Um menino com cara de desenho japonês, e completamente amarelo. Seria difícil, após às seis da tarde, distinguir o estudante do verdadeiro Pokémon. E isso não era o pior. O que era mesmo ruim é que a pergunta nada tinha de retórica. Não era aquela pergunta do aluno chato que, no primeiro dia, quer mostrar que ele é rebelde e que não está nem aí com a matéria, da qual quer só se livrar. Não! Os olhos do aluno mostravam que ele realmente estava preocupado. A matéria era estranha e, afinal, o que haveria de se pedir e de se responder de modo a não errar? Bicota começou a falar, mas da sua boca não saiu o que ele imaginou que deveria sair. Ele simplesmente disse: “nessa matéria, filosofia, vocês não vão fazer nada certo, se fizerem algo certo, se acertarem alguma resposta, estarão reprovados. Aqui, vocês deverão errar. Só errar.” E se empolgou: “a filosofia é o espaço do erro”. E mais: “em todas as outras disciplinas, vocês devem acertar, aqui, vocês podem errar, devem errar”. Alguns riram. Mas Bicota se manteve sério e então o riso parou. Por uns bons três minutos a sala ficou em silêncio. Bicota na mesa, e os alunos olhando para ele. O gelo foi quebrado por Cínthia, que entregando a lista de volta, disse ao mestre, fazendo charminho em estilo Sabrina Sato: “ai professor, o senhor, já vi tudo, é muito brincalhão – a gente vai ter de errar!”. Bicota levantou e como que possuído pelo demônio, pediu para que todos pegassem uma folha de papel, que daria uma prova. Não deu tempo de contestação. Alguns iam reclamar e ele ditou a primeira e única pergunta: “Você deve abandonar um cão na estrada, uma vez que vai se mudar de casa e, para onde vai, não é possível levar animal?” O tom de voz de Bicota, firme, fez os alunos não falarem mais e levarem a sério a prova. Começaram a escrever. Bicota deu-lhes poucos minutos e recolheu tudo rapidamente, e iniciou a leitura de um por um dos textos. Para cada texto lido, Bicota dizia “certo”, “certo”. Quando chegou ao último, bateu com a mão na mesa e disse: “nenhum de vocês conseguiu errar. Vocês são uns covardões. Nenhum de vocês conseguiu ter uma idéia que não fosse aquela que todos consideram como corretas. Vocês são o senso comum do senso comum, as pessoas mais previsíveis do mundo. Vocês são uns alunos muito, muito, muito chatos”. Bicota passou a cobrar o erro. Suas perguntas não davam margem para erro. Essa era a impressão que se tinha. Mas ele pedia um erro. Ele não pedia maldade. Ele pedia um erro. E assim, sua fama se espalhou pela escola. E a droga toda chegou aos ouvidos de pais e desses voltou para a escola, para cair bem na cabeça do diretor. Eis como a coisa bateu no diretor: “Lá no Colégio há um professor com nome de viado, que quer que os alunos falem o errado, não o certo”. O diretor tinha um problema para resolver. Bicota ganharia sua cota do problema. Os alunos, por sua vez, estavam todos atarantados, nenhum deles, ainda, havia tido a coragem de escrever algo com sentido, porém errado – errado mesmo. É claro que Bicota não ficou no colégio. Foi mandado embora. A secretaria da Educação autorizou o diretor a meter o pé nele. Ou era ele ou o diretor. Aliás, este também tomou sua cota de punição, por meio de uma sindicância forçada pelos pais. Os alunos ficaram sem aula de filosofia, ao menos durante um tempo. Em três meses de aula, Bicota não conseguiu fazer nenhum aluno errar, mas, em compensação, desencadeou no colégio uma sucessão de erros. Anos mais tarde, ensinando filosofia na universidade, encontrei um aluno que queria saber como passar na minha matéria. E eu disse para ele que a filosofia era “o espaço do erro”. E acrescentei que eu queria vê-lo errar. Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor e co-apresentador do Programa Hora da Coruja na JUST TV.

AMIZADE , O QUE PODE SER ISTO?

Amizade, o que é isso mesmo? 23/04/2012 Um dos sinais mais marcantes de nossa época é a nossa incapacidade de darmos valor para o que, racionalmente, seria aquilo que deveríamos considerar de mais valor. Negligenciamos o que, a julgar pela nossa razão, deveria vir em primeiro lugar e nos apegamos ao que, também pela nossa razão, teríamos de colocar em um plano subalterno. Muitos dizem que assim fazemos porque “o mundo moderno é agitado”. Outros dizem que agimos dessa forma por causa da “ganância de dinheiro e poder”. E há até os que tentam alguma sociologia carcomida, falando coisas como “é o capitalismo” etc. O senso comum se refestela nessas frases. Mas, não creio que explique alguma coisa. Também não nos ajuda a mudar. Não mudamos. Nietzsche chamou os tempos modernos, tomados de certo modo não como uma época determinada, mas como um sintoma de nossa condição, como os tempos de desenvolvimento do niilismo. Os valores mais supremos teriam perdido valor. Nietzsche falava de grandes coisas. Mas ele jamais disse que sua profecia não valia também para as pequenas coisas. Nietzsche falava da metafísica, que ela havia deixado de ser importante porque pesquisar o absoluto tinha se tornado uma bobagem. Ele falava de Deus, que dizia ter morrido, já que o absoluto não mais importava. Grandes coisas. Outros pensadores preferiram tratar de pequenas coisas. Ou de coisas que haviam recebido o nome de pequenas recentemente, exatamente porque haviam caído no redemoinho do niilismo denunciado por Nietzsche e tomado por ele como um fio de sua filosofia da história. Eis uma pequena coisa: a amizade. Para Aristóteles ela tinha uma importância imensa. Para Sêneca e Cícero, então, nem se fale. Para Montaigne, ela fazia a vida valer a pena ou não valer a pena. Mas, um belo dia, acordamos sem amigos, embora abarrotados de colegas e parentes. Não foi “a vida moderna” ou “o capitalismo” ou “nossa vaidade” ou “a ganância de poder e dinheiro” que fez isso. Não! Foi simplesmente essa nossa decisão de que colegas e familiares eram amigos. Uma decisão que tomamos porque durante anos viemos mudando nosso vocabulário, desconsiderando certos elementos semânticos. Fomos paulatinamente esquecendo que ágape, philia e eros, apesar de diferentes, tinham uma mesma dimensão, todas eram amor. Não prestamos atenção nessa necessidade de ficarmos atentos para o igual e o diferente nesses termos. Desse modo, a philia, o amor de amizade, passou a ser amor, sem especificações funcionais. Esquecemos no que implicava em amar por amizade. Não lidando de maneira acurada com a semântica do amor, descuidamos dos pré-requisitos de cada tipo de amor e, no caso da amizade, acabamos por esquecer o que é que deveria surgir no mundo para se ter a amizade. Perdemos a noção do que é ser amigo. O que se deve fazer para ser amigo? O que um amigo faz para o outro amigo de modo que exista a amizade? Começamos a ver que não sabíamos mais responder tais perguntas. Os americanos caíram nisso primeiro que nós, de língua exclusivamente latina. Eles passaram a usar love para quase tudo. A minha geração não fazia isso. Não usávamos amor para quase tudo. Mas a geração atual que fala o português, no Brasil, diz “eu amo tudo isso” para um hambúrguer! Os americanos usaram friendship para namoro. Ora, a minha geração não tinha verbos como “ficar” ou “sair” no campo do amor, ou era namoro ou era amizade. Hoje, isso se perdeu. Falamos o “português americanizado”, eu diria, mais ou menos para fazer graça. Ou seja, podemos fazer sexo com amigos e amigas e não pensarmos em termos qualquer vínculo de namoro com eles. Não estou dizendo que isso é ruim ou bom. Não estou fazendo uma avaliação moralista, embora esteja falando de moral. Estou atentando para nossas transformações conversacionais, para nossa alteração semântica, de modo que possamos perceber como tais alterações nos levaram a não conseguir pronunciar a palavra “amizade” com as especificidades semânticas que ela implicava. Então, ao perdermos isso, ficamos sem entender a funcionalidade da amizade. O que é ser amigo? O que faz um amigo? Ninguém sabe. As idéias de boa vontade, confiança e lealdade a toda prova, que eram os três elementos nucleares pelos quais antigos e renascentistas louvavam a amizade, veio abaixo. Chegamos mesmo até a denegrir isso, apontando essas palavras como algo distante de qualquer virtude ou nobreza. Palavras assim caíram na oposição da palavra “justiça”. Ser leal, então, poderia significar ser o oposto de justo. E deveríamos seguir a justiça cega, não a justiça com olhos. A justiça com olhos seria amizade, lealdade, e não seria justiça. Ao opormos a lealdade à justiça, fazendo a segunda algo bom demais e acima de qualquer suspeita, jogamos a amizade para os piores lugares. Por isso, deploramos a amizade. Quando vemos a fotos de amigos, ficamos com raiva. Dizemos: “são cúmplices de algum crime”. Vemos quadrilhas onde deveríamos ver amigos. Não entendemos mais o sentido da amizade. Tudo deve ser limpo e, para ser limpo, tem de ser justo, e onde impera a justiça todo laço de amizade deve ser afastado. Criamos com isso uma sociedade formal e formalizada, que se imagina justa, mas que carece de justiça, talvez porque a justiça verdadeira não venha da não-amizade e, sim, da amizade, da ampliação da lealdade para mais pessoas do que nosso grupo de amigos iniciais (uma hipótese que compartilho com Richard Rorty). Termino com um episódio vivido por Florestan Fernandes. Tornando-se deputado e, não tendo nunca sido político, Florestan não tinha outros amigos de confiança para trabalhar com ele. Então, contratou seu filho, o jornalista Florestan Fernandes Jr., para ir para o Congresso, trabalhar no seu gabinete. Ele confiava em quem tinha de confiar: no amigo. O amigo dele era o filho dele. Eis então que denunciaram Florestan Fernandes: ele estaria promovendo o nepotismo! Florestan Fernandes Jr. teve de ser despedido e o nosso sociólogo ficou sem nenhum amigo de verdade no seu gabinete. Aquilo atrapalhou bem os serviços de Florestan e chegou a prejudicar a sua atuação como deputado. Ele não sabia trabalhar com política senão com amigos! Sua atividade como parlamentar não era uma atividade meramente burocrática e profissional, era um projeto filosófico de vida. Fazia parte de uma militância como pessoa, colocada a serviço da educação brasileira no âmbito do Congresso. Por isso, era algo pelo qual ele tinha de estar ombreado com um amigo. E seu filho era jornalista, não podia abandonar o emprego em São Paulo sem ter outro em Brasília, no qual realmente estava trabalhando – mais do que qualquer outro ali no Congresso! Florestan Fernandes, afinal, não podia ter ali ao lado dele uma profissional do tipo “secretária de recados”. Fazia-se necessário, ali, antes de tudo, a lealdade. A lealdade ali iria promover a justiça. Confundimos tudo isso e, hoje, quando esperamos encontrar um amigo, nós, os da velha guarda que ainda imaginam como possível a amizade, encontramos somente a formalidade e o ideal da justiça cega. Vivemos então de tombos em tombos. Imaginamos que alguns vão ser amigos, mas eles já há muito não sabem o que é a amizade e, pior, não a tomam como importante, não mais. A justiça que se faz contra a amizade, e que realmente quer se tornar cega, acaba mesmo não só cega, mas surda, muda e insensível. Termina por ser justiça injusta.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

deuses gregos...

Os gregos acreditavam que os deuses haviam escolhido o Monte
Olimpo, numa região conhecida por Tessália, como seu lar. No
Olimpo, os deuses formavam uma sociedade que era classificada
quanto à autoridade e poder. Entretanto, os deuses tinham
liberdade para vagar livremente, e deuses individuais eram
associados a três domínios principais - o céu ou paraíso, o mar e a
terra. Os doze deuses chefes, usualmente chamados de olimpianos
eram Zeus, Hera, Hefestos, Atena, Apolo, Artêmis, Ares, Afrodite,
Héstia, Hermes, Deméter e Posêidon. Zeus era o chefe dos
deuses, e o pai espiritual dos deuses e das pessoas. Hera, sua
esposa, era a rainha do paraíso e a guardiã do casamento. Outros
deuses eram associados ao paraíso, como Hefésto, deus do fogo
e das artes manuais; Atena, deusa da sabedoria e da guerra;
Apolo, deus da luz, da poesia e da música; Ártemis, deusa da caça;
Ares, deus da guerra; Afrodite, deusa do amor; Héstia, deusa do
coração e da chama sagrada; Hermes, mensageiro dos deuses e
senhor das ciências e das invenções. Possêidon era o senhor do
mar que, junto com sua esposa Anfitrite, originou um grupo de
deuses do mar menos importantes, como as nereidas e Tritão.
Deméter, a deusa da agricultura, era associada com a terra. Hades,
um deus importante mas que geralmente não era considerado um
olimpiano, governava o mundo subterrâneo, onde ele vivia com sua
esposa Perséfone. O mundo subterrâneo era um lugar escuro e
triste, localizado no centro da terra. Era povoado pelos espíritos
das pessoas que morriam. Dionísio, deus do vinho e do prazer,
estava entre os deuses mais populares. Os gregos devotavam
muitos festivais para este deus , em algumas regiões ele se tornou
tão importante quanto Zeus. Ele freqüentemente era acompanhado
por um exército de deuses fantásticos, incluindo centauros e ninfas.
Centauros tinham a cabeça e o torso humanos e o corpo de cavalo.
As belas e charmosas ninfas assombravam os bosques e florestas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Gostar de si.....



O maior milagre no mundo é este: você existe, eu existo. Existir é o maior milagre, e a meditação abre as portas para esse grande milagre.

Mas somente uma pessoa que ama a si mesma pode meditar; do contrário, você está sempre fugindo de si mesmo, evitando a si mesmo. Quem quer olhar para uma face feia e quem quer penetrar num ser feio?

Quem quer penetrar fundo em sua própria lama, em sua própria escuridão? Quem quer entrar no inferno que você julga ser? Você quer manter tudo isso coberto com belas flores e sempre fugir de si mesmo.

Por isso as pessoas estão continuamente procurando companhia. Elas não conseguem ficar com elas mesmas e querem ficar com outras. As pessoas estão procurando qualquer tipo de companhia; se elas puderem evitar a companhia delas mesmas, qualquer coisa servirá.

Elas sentarão num cinema durante três horas, assistindo algo completamente idiota; lerão um romance policial por horas, desperdiçando seu tempo. Lerão o mesmo jornal repetidamente, apenas para se manterem ocupadas; jogarão cartas e xadrez apenas para matar o tempo, como se tivessem muito tempo!

Nós não temos muito tempo, não temos tempo suficiente para nos desenvolver, para ser, para nos alegrar.

Mas este é um dos problemas básicos criados por uma educação equivocada: evite a si mesmo. As pessoas ficam sentadas em frente à TV, grudadas na poltrona durante quatro, cinco, até seis horas.

Na média, o norte-americano assiste à televisão durante cinco horas por dia, e essa doença se espalhará por todo o mundo. E o que você está vendo? E o que você está ganhando com isso? Queimando seus olhos...

Mas isso sempre foi assim; mesmo se a televisão não existisse, haveria outras coisas. O problema é o mesmo: como evitar a si mesmo? Porque a pessoa se sente muito feia. E quem a fez ficar tão feia? Seus pretensos religiosos, seus papas, seus shankaracharyas. Eles são responsáveis por distorcerem suas faces, e foram bem-sucedidos, tornaram todos feios.

Toda criança nasce bela e, então, começamos a distorcer sua beleza, mutilando-a e paralisando-a de muitas maneiras, distorcendo sua proporção, tornando-a desequilibrada. Mais cedo ou mais tarde ela fica tão desgostosa consigo mesma que aceita ficar com qualquer um. O sujeito pode procurar uma prostituta apenas para evitar a si mesmo.

Ame a si mesmo, diz Buda. E isso pode transformar todo o mundo, pode destruir todo o feio passado, pode anunciar uma nova era, pode ser o princípio de uma nova humanidade.

ACREDITE


Acredite em Deus
Há dias em que temos a sensação de que chegamos ao fim da linha.

Não conseguimos vislumbrar uma saída viável para os problemas que surgem em grande quantidade.

Com você não é diferente. Você também faz parte deste mundo cheio de provas e expiações. Desta escola chamada terra.

E já deve ter passado por um desses dias, e pensado em desistir...

No entanto vale a pena resistir...

Resista um pouco mais, mesmo que as feridas latejem e que a sua coragem esteja cochilando.

Resista mais um minuto e será fácil resistir aos demais.

Resista mais um instante, mesmo que a derrota seja um ímã... Mesmo que a desilusão caminhe em sua direção.

Resista mais um pouco mesmo que os pessimistas digam para você parar... mesmo que sua esperança esteja no fim.

Resista mais um momento mesmo que você não possa avistar, ainda, a linha de chegada... mesmo que a insegurança brinque de roda a sua volta.

Resista um pouco mais, ainda que a sua vida esteja sendo pesada na balança dos insensatos, e você se sinta indefeso como um pássaro de asas quebradas.

As dores, por mais amargas, passam...

Tudo passa...

A ilusão fascina, mas se desvanece...

A posse agrada, porém se transfere de mãos...

O poder apaixona, entretanto, transita de pessoa.

O prazer alegra, todavia é efêmero.

A glória terrestre exalta e desaparece.

O triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido...

Tudo, nesta vida, tem um propósito...

A dor aflige, mas também passa.

A carência aturde, porém, um dia se preenche.

A debilidade física deprime, todavia, liberta das paixões.

O silêncio que entristece, leva à meditação que felicita.

A submissão aflige, entretanto fortalece o caráter.

O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se.

A situação muda, como mudam as estações...

O verão brinca de esconde-esconde com a brisa morna, mas cede lugar ao outono, que espalha suas tintas sobre a folhagem. O inverno chega e, sem pedir licença, congela a brisa e derruba as folhas.

Tudo parece sem vida, sem cor, sem perfume...

Será o fim? Não! Eis que surge a primavera e estende seus tapetes multicoloridos, espalhando perfume no ar e reverdecendo novamente a paisagem...

Assim, quando as provas lhe baterem à porta, não se deixe levar pelo desejo de desistir... resista um pouco mais.

Resista, porque o último instante da madrugada é sempre aquele que puxa a manhã pelo braço...

E essa manhã bonita, ensolarada, sem algemas, nascerá para você em breve, desde que você resista.

Resista, porque alguém que o ama está sentado na arquibancada do tempo, torcendo muito para que você vença e ganhe o troféu que tanto deseja: a felicidade...

.....................................

Não se deixe abater pela tristeza.

Todas as dores terminam.

Aguarde que o tempo, com suas mãos cheias de bálsamo, traga o alívio.

A ação do tempo é infalível, e nos guia suavemente pelo caminho certo, aliviando nossas dores, assim como a brisa leve abranda o calor do verão.

Mais depressa do que supõe, você terá a resposta, na consolação de que necessita.

Por tudo isso, resista... e confie nesse abençoado aliado chamado tempo.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

FORA DA TV BBB



Venho compartilhar com o fórum esse texto que lí na internet.
Achei muito interessante, e concordo com o que está escrito.
Para quem ainda não leu, está logo abaixo:

"Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós.. , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade."