domingo, 28 de fevereiro de 2010

Parábolas



Estratégia é tudo!!!
Um senhor vivia sozinho em Minnessota. Ele queria virar a terra de seu jardim para plantar flores, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que o ajudava nesta tarefa, estava na prisão. O homem então escreveu a seguinte carta ao filho:
Querido Filho, estou triste, pois não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo, porque sua mãe sempre adorou flores e esta é a época certa para o plantio. Mas eu estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não pode me ajudar, pois estás na prisão. Com amor, Seu Pai.
Pouco depois, o pai recebeu o seguinte telegrama: ‘PELO AMOR DE DEUS, Pai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos’ Como as correspondências eram monitoradas na prisão, às quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar qualquer corpo.
Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera. Esta foi a resposta: ‘Pode plantar seu jardim agora, amado Pai. Isso foi o máximo que eu pude fazer no momento…’
Estratégia é tudo!!!
Nada como uma boa estratégia para conseguir coisas que parecem impossíveis. Assim, é importante repensar sobre as pequenas coisas que muitas vezes nós mesmos colocamos como obstáculos em nossas vidas.
‘Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional’

Procure a sua árvore
Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro
para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu da seu carro furou, fazendo com que ele deixasse de ganhar uma hora de trabalho; a sua serra elétrica quebrou; e aí ele cortou o dedo; e finalmente, no final do dia, o seu carro não funcionou. O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa, e durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.

Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos.

Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se. Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa. Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou por que ele havia tocado na planta antes de entrarem casa.

- Ah respondeu o carpinteiro, esta é a minha planta dos problemas. Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa.

Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte. E você quer saber de uma coisa? Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior."

Que meus amigos tenham sua árvore o seu vaso de flores de problemas e, usando-a, tornem o seu dia pleno de luz e amor...

A Língua

A língua, sem dúvida, é um dos fatores determinantes no destino das criaturas...

Ponderada, favorece o Juízo...
Alegre, descortina a imprudência...
Triste, semeia o desânimo...

Generosa, abre caminho à elevação...
Maledicente, cava despenhadeiros...
Gentil, provoca o reconhecimento...
Atrevida, traz perturbação...

Serena, produz a calma...
Fervorosa, impõe confiança...
Descrente, invoca a frieza...
Bondosa, ajuda sempre...
Cruel, fere implacável...

Sábia, ensina...
Ignorante, complica...
Nobre, tece o respeito...
Sarcástica, improvisa o desprezo...
Educada, auxilia a todos...
Inconsciente, gera amargura...

A língua é bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra...

É, sem dúvida, um dos fatores determinantes no destino das criaturas...


O Mágico e o camundongo

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.

Então ele começou a temer os caçadores.
A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo
novamente e disse:

- Nada que eu faça por você vai ajuda-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as adversidades, vencendo os medos... É isto que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos. Assim, jamais chegaremos aos lugares que tanto almejamos em nossas vidas...


Os cinco macacos

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e sobre ela um cacho de bananas.

Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão.

Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e enchiam de pancada. Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.

Um segundo macaco foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato.

Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto, e afinal, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

"Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui".

MORAL DA HISTÓRIA: Assim é na vida. Muitas vezes fazemos alguma coisa errada por achar que isso é normal, ou porque outras pessoas também o fazem. Mas nem sempre paramos para refletir sobre as conseqüências daquilo que fazemos. :-)

As três peneiras

Olavo foi transferido de projeto. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:
- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...

Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, apartou:
- Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, chefe?
- A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
- Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que...

E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:
- Então sua historia já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Claro que não! Deus me livre, chefe! - diz Olavo, assustado.
- Então - continua o chefe - sua história vazou a segunda peneira.

Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?
- Não, chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar - fala Olavo, surpreso.

- Pois é, Olavo, já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? - diz o chefe, prosseguindo - Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo destas três peneiras: VERDADE, BONDADE e NECESSIDADE, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque pessoas inteligentes falam sobre idéias, pessoas comuns falam sobre coisas, pessoas medíocres falam sobre pessoas.


A águia e as galinhas

"Um camponês criou um filhotinho de águia junto com suas galinhas. Tratando-a da mesma maneira que tratava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha. Dando a mesma comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazendo-a ciscar para complementar a alimentação, como se fosse uma galinha.

E a águia passou a se portar como se galinha fosse.

Certo dia, passou por sua casa um naturalista, que vendo a águia ciscando no chão, foi falar com o camponês:
- Isto não é uma galinha, é uma águia! O camponês retrucou: - Agora ela não é mais uma águia, agora ela é uma galinha!
O naturalista disse: -

Não, uma águia é sempre uma águia, vamos ver uma coisa..

Levou-a para cima da casa do camponês e elevou-a nos braços e disse: - Voa, você é uma águia, assuma sua natureza !
- Mas a águia não voou, e o camponês disse:
- Eu não falei que ela agora era uma galinha !

O naturalista disse: - Amanhã, veremos...No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha.

O naturalista levantou a águia e disse:

- Águia, veja este horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos verdes lá em baixo, veja, todas estas nuvens podem ser suas.

Desperte para sua natureza, e voe como águia que és...
A águia começou a ver tudo aquilo, e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha visto, ficou um pouco confusa no inicio, sem entender o porquê tinha ficado tanto tempo alienada.

Então ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou, de vagar, suas asas e partiu num vôo lindo, até que desapareceu no horizonte azul."

Criam as pessoas como se galinhas fossem, porém, elas são águias. Por isso, todos podemos voar, se quisermos. Voe cada vez mais alto, não se contente com os grãos que lhe jogam para ciscar.

Nós somos águias, não temos que agir como galinhas, como querem que a gente seja. Pois com uma mentalidade de galinha fica mais fácil controlar as pessoas, elas abaixam a cabeça para tudo, com medo.

Conduza sua vida de cabeça erguida, respeitando os outros, sim,
mas com medo, nunca!

Críticas

Como você reage às críticas ? Elas põem você para baixo ? Muitas pessoas estão ansiosas para reclamar e criticar só porque tem um prazer perverso em colocar os outros para baixo. Você realmente quer que estas pessoas controlem a maneira como você se vê ?

Muitas críticas são úteis e podem nos ajudar a mudar de maneira positiva. Imagine como seria difícil melhorar se nunca recebêssemos feedback. Mas uma crítica é apenas a opinião de uma pessoa. Se você deixa as críticas moldarem o modo como pensa sobre si mesmo, então sua felicidade está à mercê dos outros.

Quando alguém criticá-lo, procure objetivamente por algo positivo e útil no que está sendo dito. Então descarte o resto. Isso não precisa deprimi-lo. Quando você vive com paixão e propósito, esforçando-se de maneira sincera para fazer o melhor que consegue, será que a opinião dos outros é tão importante assim ? Pensamentos negativos de outras pessoas, particularmente os sem fundamento, não valem o esforço da preocupação que causam.

Existem muitas pessoas a quem você nunca vai agradar. Isso é problemas delas - não seu. Aprenda o que puder com seus críticos. Depois, avance com confiança e determinação.

Lei e justiça



filosofia do direito, filosofia jurídica ou ainda Jusfilosofia, é o campo de investigação filosófica que tem por objeto o Direito.
Comumente, este campo tem sido abordado tanto de um prisma filosófico, por filósofos de formação, quanto de um prisma jurídico, por juristas de formação. Seus grandes temas são a justiça (teoria da justiça), a propriedade, a liberdade, a igualdade, o conceito de direito, os métodos de produção, interpretação e de aplicação do direito (metodologia jurídica) e a função do Direito na sociedade.
A Jusfilosofia, além de investigar os fundamentos conceituais do Direito, se ocupa de questões fundamentais "como a relativa aos elementos constitutivos do Direito; a indagação se este compõe-se de norma e é a expressão da vontade do Estado; se a coação faz parte da essência do Direito; se a lei injusta é Direito e, como tal, obrigatória; se a efetividade é essencial à validade do Direito, etc." (Paulo Nader, Filosofia do Direito. Rio de Janeiro, Forense, 2003, p. 12).
Segundo o que acentua N. E Simmonds: "A filosofia do direito se situa na intersecção desses problemas e procura formar uma compreensão coerente da natureza do direito, a fim de resolvê-los. Alguns problemas são de um tipo que pode ocorrer a qualquer pessoa que pense, enquanto outros decorrem da compreensão técnica e da experiência dos advogados." (In Nicholas Bunnin e outros (orgs.) Compêndio de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2002, p. 389).
Ver artigo principal: História da Filosofia do Direito
A História da Filosofia do Direito pode ser buscada e pesquisada precisamente na interesecção entre a investigação filosófica em temas que tocam o normativo e/ou jurídico. Quando estes são os objetos da investigação de tipo filosófico, estamos a falar de Filosofia do Direito. Saliente-se, portanto, que a Jusfilosofia, a rigor, é parte da Filosofia e não parte da assim chamada Ciência Jurídica.
Filósofos clássicos do Direito
Além dos filósofos não juristas que se dedicaram à disciplina, como Platão, Aristóteles, Santo Agostinho de Hipona, Santo Tomás de Aquino,Kant, Schopenhauer, Hegel, Karl Marx, Habermas, John Rawls e Alasdair MacIntyre, os jusfilósofos mais influentes são: Karl Larenz,Savigny,Jhering, Hans Kelsen, Gustav Radbruch, Evgeny Pachukanis, Carl Schmitt, Friedrich Müller, Ronald Dworkin, Klaus Günther, Norberto Bobbio, Robert Alexy, Miguel Reale, entre outros.
Filósofos luso-brasileiros do Direito
No Brasil, destacam-se por suas pesquisas os jusfilósofos: Vicente de Paulo Barretto (UERJ), Miguel Reale (USP), Goffredo da Silva Telles Jr. (USP), Tércio Sampaio Ferraz Jr. (USP), Ari Marcelo Solon (USP), Alaor Caffé Alves (USP), Jeannette Antonios Maman(USP) e Alysson Leandro Mascaro (UPM e USP), Antônio Cavalcanti Maia, (UERJ), Márcio Bilharinho Naves, (Unicamp), Marcelo Neves (PUCSP e USP),Nelson Saldanha (UFPE), Luiz Fernando Coelho (UFPr), Marcelo Campos Galuppo (PUC Minas/UFMG), atual presidente da ABRAFI e doConpedi, Gérson de Britto Mello Boson (PUC Minas), Lúcio Antônio Chamon Junior (Unifemm), Mônica Sette Lopes (UFMG), Renato César Cardoso (UFMG),Luís Fernando Barzotto (UFRGS) e Cláudio Fortunato Michelon Jr. (UFRGS), bem como o falecido professor baiano, expoente do Egologismo no Brasil, Antônio Luís Machado Neto (UFBa).
Já em Portugal, os filósofos do direito mais influentes do século XX são Luís Cabral de Moncada, João Baptista Machado e António Castanheira Neves.
Internacionalmente, a Associação Internacional de Filosofia Jurídica e Social, conhecida pela sigla IVR (Internationale Vereinigung für Rechts- und Sozialphilosophie), congrega os filósofos do Direito. A seção brasileira é a Associação Brasileira de Filosofia do Direito e Sociologia do Direito (ABRAFI). A Associação Portuguesa de Teoria do Direito, Filosofia do Direito e Filosofia Social (ATFD) é a sua secção portuguesa.

Essência do Direito
Como todo ramo da filosofia, a Jusfilosofia trata do problema da essência do Direito (o que é direito?), da existência (o direito existe?) dajustificação (para que o direito serve?) e também do problema da justiça (que é justiça?) além de procurar estabelecer paramêtros para determinar quando determinado ordenamento jurídico é justo).
Herbert Hart, em seu livro O Conceito de Direito, enfrenta o problema da essência recorrendo à Filosofia da Linguagem. Também Tércio Sampaio Ferraz Jr. recorre à Linguística, para desenvolver um conceito "não-essencialista" do direito. Para estes autores não faz sentido perguntar pela essência do direito, pela coisa na qual se possa colar uma etiqueta escrita "Direito". A palavra é explicada pelo uso que se faz dela (pragmática), e a palavra "Direito" é utilizada de diversas formas diferentes. Esta mesma abordagem é realizada por outros juristas brasileiros em tempos recentes, como Luiz Fernando Coelho.
Ademais, é de se considerar a abundância de perspectivas essencialistas em que o problema do Direito já foi e continua sendo encarado, a exemplo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer, para quem o cerne da experiência jurídica era senão EVITAR O SOFRIMENTO, levando esta observação às últimas consequências, a ponto de defender - com certas ressalvas - os Direitos Animais, já aí prefigurando a análise de uma causa hodiernamente tão em voga.
]Ciência Jurídica
Outra questão fundamental da Filosofia do Direito e que tem dividido juristas e filósofos há séculos é a da suposta concepção de uma ciência jurídica autônoma. Tida como indiscutível por Hans Kelsen, pai do normativismo moderno, a ciência jurídica seria a ciência das relações interhumanas "enquanto relações jurídicas, isto é, como relações que são constituídas através de normas jurídicas." (Teoria Pura do Direito. São Paulo: Martins fontes, 1999, p. 79). Esta é a visão predominante entre os juristas ainda hoje.
Não foram poucos os que criticaram Kelsen e sua teoria pura. Segundo alguns de seus críticos nem todas as definições com que o direito trabalha se ligam às normas jurídicas em sentido estrito, e esta era a crítica que lhe dirigiu um de seus alunos, o dinamarquês Alf Ross.
Mas Kelsen recebeu críticas tanto pela direita quanto pela esquerda. Carl Schmitt acusou-o de negligenciar questões centrais da relação entre política e direito. Segundo Schmitt: "... a unidade e a pureza são fáceis de conseguir quando se ignora a dificuldade em si, com grande ênfase, e se também por motivos formais, tudo o que se contrapõe à sistemática e é segregado como impuro." (Teologia Política IN Crise da Democracia Parlamentar. São Paulo: Scritta, 1999, p. 98) No caso do problema da soberania, por exemplo, "Kelsen resolve o problema ... simplesmente negando-o." (op. cit. ,p 99)
Segundo a crítica que lhe direciona Michel Villey: "Para Kelsen, o jurista deve lidar com as normas existentes "efetivas", quaisquer que sejam; podem ser indiferentemente as normas do direito hitleriano ou do regime stalinista ou da República de Weimar. O jurista é neutro; pouco importa que esses textos visem a dominação da raça germãnica sobre o mundo, a eliminação dos burgueses, a expansão das liberdade. A justiça não os julga. Ele os registra. (...) A concepção de Kelsen mutila o direito pela ablação da causa final." (Filosofia do Direito. Definições e fins do direito, os meios do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 86-86).
Pela esquerda, juristas como Evgeni Pachukanis e Stucka, de modos distintos criticavam Kelsen pelo seu caráter ideológico travestido de ciência neutra, falha a que também não escaparam.
]Escolas Jusfilosóficas
ESCOLAS JUSFILOSÓFICAS EXPLÍCITAS:
Filosofia marxista
Na entrada do século XXI, com muitas décadas de atraso, espera-se que uma compreensão marxista metodologicamente conseqüente terá espaço da Filosofia do direito ensinada no Brasil. Até então, apenas um esquerdismo ingênuo tinha sido professado sem maiores efeitos críticos. Duas obras, frutos de teses de doutoramento, são inauguradoras dessa nova tradição marxista no direito: Marxismo e Direito - Um Estudo sobre Pachukanis de Márcio Bilharinho Naves (Boitempo: 2000) e Crítica da Legalidade e do Direito Brasileiro, de Alysson Leandro Mascaro (Quartier Latin: 2003). Em ambas, nota-se uma abordagem crítica dos fenômenos jurídicos, fundamentada no materialismo histórico professado por Marx, a exemplo da obra de Evgeny Pachukanis, "Teoria Geral do Direito e Marxismo".
[editar]Neopositivismo
Movimento recente, denominado como neopositivismo tem sido constante nas discussões da Filosofia do Direito nas últimas décadas. Partindo da vertentes da filosofia analítica anglo-saxônica, cujos expoentes são J. L. Austin, G. Ryle, R. M. Hare, J. D. Urmson, desenvolveu suas investigações e conseqüências para o Direito o jurista inglês H. L. A. Hart. Para Hart, que acredita ter superado as dificuldades de um pressuposto normativo de tipo kelseniano, "as teorias reducionistas do direito originam-se do ponto de vista externo de alguém que observa o funcionamento de um sistema legal, mais do que do ponto de de vista de um participante desse sistema." (Simmonds, op. cit., p. 392) Portanto, as estruturas de dever-ser não devem ser abstrações mas regras para ação de cada participante que, como tal, as enuncia.
[editar]Teoria da argumentação
Robert Alexy desenvolve, na obra Teoria da Argumentação Jurídica, uma teoria do discurso jurídico como caso especial do discurso prático geral. Para Alexy, o silogismo judicial não esgota o raciocínio jurídico e são inevitáveis juízos de valor da parte do julgador. É preciso, contudo, prover formas de justificação racional desses juízos de valor, o que será alcançado com uma reconstrução racional das regras pragmáticas e das formas de argumento empregados na discussão jurídica. Seguindo Wroblewski, concebe a justificação jurídica dividida emjustificação interna (da subsunção dos fatos do caso aos elementos da norma jurídica) e justificação externa (da verdade dos fatos do caso ou da validade dos elementos da norma). Seguindo Perelman, considera os cânones de interpretação como formas de argumento (schemes d'argumentation) a partir das quais interpretações podem ser propostas como jurídicamente aceitáveis, dando prioridade para os cânonessemântico e genético, porque mais afeitos à vinculação ao Direito vigente. Seguindo Häberle, vê na dogmática jurídica e nos precedentes judiciais uma forma de ingressar na "comunidade dos intérpretes-aplicadores do Direito", o que contribui para a racionalidade da decisão final. Seguindo Mccormick, admite argumentos jurídicos especiais, como a analogia, o argumentum ad absurdum e o argumentum a contrario.
Na obra Teoria dos Direitos Fundamentais, defende uma concepção do Direito como conjunto de regras, princípios e procedimentos. Dedica-se à exposição detalhada das diferenças entre regras e princípios e do procedimento de ponderação de princípios. Na obra Conceito e Validade do Direito, aprofunda sua concepção de Direito, mostrando-a como uma apropriação discursiva do conceito kantiano de razão prática.
ESCOLAS JUSFILOSÓFICAS IMPLÍCITAS:
Representadas por aqueles filósofos que, conquanto não tenham se dedicado exclusivamente a temas jurídicos, levaram a efeito observações dignas de atenção com relação às questões capitais que perfazem a dimensão do Direito, mormente legitimando a legalidade com um discurso de ordem ética, tais como: Arthur Schopenhauer, Tom Regan, Peter Singer, Platão, etc.

LEI TORNA OBRIGATÓRIO SOCIOLOGIA E FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO



LEI TORNA OBRIGATÓRIO SOCIOLOGIA E FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
03 de junho de 2008 00:00
A lei prevê obrigatoriedade imediata das disciplinas

Brasília - As disciplinas de filosofia e sociologia farão parte da grade curricular das escolas de ensino médio particulares e públicas. O presidente em exercício, José Alencar, sancionou ontem (2) o projeto de lei que torna obrigatório o ensino das duas matérias nos três anos do ensino médio.

A lei prevê obrigatoriedade imediata das disciplinas. Mas de acordo com assessoria do Ministério da Educação, até o momento não existe prazo para as secretarias estaduais, responsáveis pela grade curricular do ensino médio, se adequarem nem estimativa de impacto financeiro ou de contratação de professores.

Em 1971, as disciplinas de filosofia e de sociologia deixaram de ser lecionadas nas salas das escolas de ensino médio por determinação da ditadura militar. Em 2001, o Congresso Nacional aprovou a inclusão das duas matérias, mas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vetou, segundo lembrou o presidente em exercício José Alencar.

“Precisamos [dessas duas matérias] para nos facilitar o exercício e o direito à cidadania", defendeu José Alencar.

Já o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que "essa lei recupera o direito fundamental de aprender no sentido amplo da palavra, no sentido de se apropriar ao mesmo tempo que se coloca crítica frente ao que se aprendeu”.

Desde 2006, o Conselho Nacional de Educação (CNE) tem resolução que torna obrigatório a filosofia e a sociologia nas escolas de ensino médio. As redes estaduais tiveram um ano para se adaptar. O parecer não determinava a implantação nas três séries do ensino médio, como prevê a nova lei.

De acordo com o ministro Haddad, alguns conselhos estaduais não entenderam a medida como urgente e foi preciso uma lei para garantir a inclusão. A assessoria do ministério informou que não há levantamento sobre a quantidade de estados que já cumprem a resolução.

Aprovada no último dia 8 pelo Senado, a nova lei altera o artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 20 de dezembro de 1996.Lei 11.864

emergencia da Filosofia


O pensamento filosófico exige a demonstração e a prova.
Ele pode ser contradito, pode ser contestado. Suas bases
devem ser explicitadas. Não basta afirmar um ponto de vista, é preciso sustentar esse ponto de vista através de um
encadeamento lógico de vários enunciados.
A filosofia ensina não só a pensar com clareza e autonomia,
mas a fundamentar esse pensamento.

A resposta a esta pergunta é ao mesmo tempo fácil e difícil.
Fácil é dizer que a filosofia não tem nenhuma utilidade prática, imediata. E isso é uma verdade!
A dificuldade da resposta é que, apesar de não servir para nada, a filosofia é constantemente questionada sobre sua natureza, sua origem e sua finalidade.
E podemos lembrar que ela já tem mais de vinte e seis séculos de vida, desde
que nasceu na Grécia Antiga, entre os séculos VII e VI a.C.

Ler os grandes filósofos é uma forma de aprender a pensar. E aprender a
pensar é uma coisa de grande valor, principalmente porque, para o estudante, muitas possibilidades do conhecimento estão se abrindo, como as
ciências e as artes.

É possível aprender a pensar? Com certeza. Pensar é encadear as idéias, argumentar, demonstrar como chegamos às nossas conclusões. A lógica é
a parte específica da filosofia que se ocupa dos argumentos, das premissas
e das conclusões. À lógica compete distinguir entre raciocínios válidos e
inválidos, entre os que levam a conclusões falsas e os que levam a conclusões verdadeiras. Apesar dessa especialização, todos os campos da filosofia
utilizam a razão, o pensamento racional, como forma de conhecer e
compreender o mundo.
Um pensamento racional é aquele que se opõe ao senso comum. O senso comum é feito de
crenças e de certezas que valem aqui e agora, e não supõem nenhum questionamento sobre sua legitimidade. Quando revelo minhas opiniões ou digo que sinto que
algo deve ser assim ou assado, não estou argumentando racionalmente. Embora muitas vezes
as crenças e as opiniões sejam justas, corretas ou válidas, elas não são por si só
argumentos racionais.

O pensamento filosófico exige a demonstração e a prova. Ele pode ser contradito, pode sercontestado. Suas bases devem ser explicitadas. Não basta afirmar um ponto de
vista, é preciso sustentar esse ponto de vista através de um encadeamento lógico de vários enunciados.
A filosofia ensina não só a pensar com clareza e autonomia, mas a
fundamentar esse pensamento.

Outra característica da filosofia é que ela é sempre um diálogo com o outro. Os grandes filósofos
não apenas pensaram sobre as coisas, mas comunicaram suas reflexões por meio de suas obras, colocando suas idéias publicamente.
O Tema Filosófico

A atitude do filósofo é uma atitude de questionamento. O filósofo gosta de fazer perguntas e responde a um impulso profundo em direção ao conhecimento.

Por que as coisas são como são?
Como é o tempo?
O que é a verdade?
Qual a origem da moral?

Esses são exemplos de indagações clássicas da filosofia desde seu nascimento.

A filosofia nasceu na Grécia, no século 6 a.C. e se configurou como conhecimento racional e sistemático da realidade, da natureza e do homem.
A filosofia grega representa o alicerce da cultura do Ocidente (a cultura européia e
dos países colonizados pela Europa, como o Brasil).

A palavra filosofia é grega e significa amor pelo saber
(philo, philia = amor + sophia = sabedoria).
O que caracteriza esse saber é o compromisso com a verdade. É essa decisão do filósofo que define sua investigação. Indo além das certezas e das crenças, a filosofia se define também em sentido negativo, como recusa a olhar as coisas como elas parecem ser. A filosofia busca olhar o mundo como se fosse novo, como se nunca tivesse sido explorado.

A atitude filosófica nasce ou do espanto, ou da admiração, ou do entusiasmo pelas coisas.
Entre outros temas, fazem parte da especulação filosófica os valores morais, o próprio
pensamento, a liberdade, a linguagem.



Os temas da filosofia podem ser agrupados, de maneira geral, em alguns campos de trabalho:

• Ética e filosofia política: trata do poder, dos valores morais, da relação entre vontade e
razão, dos direitos e dos regimes políticos.

• Metafísica e teoria do conhecimento: trata do ser e da existência das coisas, de como
as coisas podem ser conhecidas e da natureza do conhecimento.

• Lógica: trata das regras do pensamento válido, das proposições, da verdade e dos
tipos de argumento.

• Estética e filosofia da arte: trata da natureza da arte e dos objetos artísticos, da relação
entre arte e sociedade e da representação.

• Filosofia da linguagem: trata da natureza e da origem da linguagem e de como o mundo
é descrito pela linguagem.

conflito


O conflito surge quando há a necessidade de escolha entre situações que podem ser consideradas incompatíveis.
Todas as situações de conflito são antagônicas e perturbam a ação ou a tomada de decisão por parte da pessoa ou de grupos. Trata-se de um fenômeno subjetivo, muitas vezes inconsciente ou de difícil percepção. As situações de conflito podem ser resultado da concorrência de respostas incompatíveis, ou seja, um choque de motivos, ou informações desencontradas.
Kurt Lewin define o conflito no indivíduo como "a convergência de forças de sentidos opostos e igual intensidade, que surge quando existe atração por duas valências positivas, mas opostas (desejo de assistir a uma peça de teatro e a um filme exibidos no mesmo horário e em locais diferentes); ou duas valências negativas (enfrentar uma operação ou ter o estado de saúde agravado); ou uma positiva e outra negativa, ambas na mesma direção (desejo de pedir aumento salarial e medo de ser demitido por isso)".
Salvatore Maddi classifica as teorias da personalidade segundo três modelos, um dos quais o de conflito. Esse modelo supõe que a pessoa esteja permanentemente envolvida pelo choque de duas grandes forças antagônicas, "que podem ser exteriores ao indivíduo (conflito entre indivíduo e sociedade) ou intrapsíquicas (forças conflitantes do interior do indivíduo que se dão, por exemplo, entre os impulsos de separação, individuação e autonomia e os impulsos de integração, comunhão e submissão)".
O conflito, no entanto, pode ter efeitos positivos, em certos casos e circunstâncias, como fator motivacional da atividade criadora.
O conflito em algumas escolas da sociologia é enxergado como o desequilíbrio de forças do sistema social que deveria estar em repouso, isto é, equilibrado, quanto à forças que o compõe. Segundo esta teoria, não se enxerga mais o grupo como uma relação harmônica entre órgãos, não suscetíveis de interferência externa.
Os conflitos, para ter uma solução pacífica, devem ter todos os meios possíveis de negociação de controvérsias, estas, precisam ser executadas com diplomacia, bons ofícios, arbitragem e conciliação.

O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Conflito.
Conflito um bem nescessario

Há várias teorias tentando explicar o que é conflito e suas origens. Há sempre a necessidade de pelo menos duas pessoas, mas pode haver mais de duas pessoas em conflito. Na teoria da administração, hoje, enxerga-se conflito como algo benéfico.
O conflito pode ter origem em uma destas 3 dimensões:
- percepção: quando você percebe que suas necessidades, desejos ou interesses tornam-se incompatíveis pela presença ou atitude de uma outra pessoa;
- sensação: quando você tem uma reação emocional frente a uma situação ou interação que aponta para um sentimento de medo, tristeza, amargura, raiva, etc.

- ação: quando você torna explícito para a outra parte, ou outras partes, as suas percepções, os seus sentimentos ou age no sentido de ter uma sua necessidade satisfeita, mas essa sua ação interfere na satisfação de necessidades de outras pessoas.
É difícil um conflito ter uma única dimensão, ele freqüentemente tem as 3 dimensões, e a intensidade de cada dimensão pode variar durante o processo de conflito.
O conflito quando se torna conhecido pelas pessoas envolvidas, pode ser destrutivo e violento, conciliatório ou amistoso; pode ser um exercício de poder ou pode ser construtivo.
Não importa qual a origem do conflito, nem o caminho que se toma para a solução, ou não, do conflito, a pessoa em conflito sempre tem a intenção de expor as suas razões dentro do conflito e ter suas necessidades atendidas.
O termo conflito, que antes demonstrava e eliciava uma percepção de confronto, hoje, na área administrativa, demonstra oportunidade.
A diversidade, também perseguida em toda empresa de ponta, é outra propulsora do conflito, pois se busca febrilmente compor equipes o mais diversificadas possíveis, exatamente para poder captar nuances da realidade mutável do mercado.
Com a diversidade, opiniões e pontos de vista diferentes, constrói-se empresas mais resistentes, pela adequação de seus serviços e produtos ao público que se destina. Essa adequação é tanto maior quanto maior for a percepção da usabilidade - facilidade de uso - por parte dos clientes. Para isso compõem-se equipes diversificadas, para aumentar a usabilidade.
Pode-se resumir as soluções que podem ser obtidas nos possíveis conflitos, em 4 tipos, a saber:
- Evitação: um lado não manifesta a existência de conflito, o outro lado desconhece a existência do conflito, é a forma mais passiva.

- Acomodação: o conflito é expresso e conhecido, mas um lado se acomoda, demonstrando uma resignação externa e, freqüentemente, uma revolta latente interna.

- Competição: o conflito é expresso e conhecido, mas forma-se uma gangorra, onde os dois lados querem ganhar, e quando um ganha o outro perde.

- Acordo: o conflito também é expresso e conhecido, mas é formada uma parceria para buscar soluções que contemplem os pontos de vista diferentes, só há um lado que na busca de soluções únicas, aumenta a auto-estima e fortalece o grupo para assumir novos desafios.
TABELA DE SOLUÇÕES PARA CONFLITOS
SOLUÇÃO POR

Evitação Acomodação Competição Acordo
Tipo de conflito Fechado, não declarado. Aberto Aberto Aberto
Solução Não há conflito expresso, não há solução. Solução ganha-perde. Solução ganha-perde, solução de soma constante, quando um ganha o outro perde. Solução ganha-ganha, soluções de soma ampliada.
Outras características Passividade extrema, receio ou medo de conflitos. Um lado se entrega sem convicção interna, passividade. Os dois lados brigam entre si, falta empatia, interesses exclusivamente próprios. Empatia, os dois lados participam proativamente na compreensão dos problemas em suas múltiplas facetas e na busca de soluções comuns. Os dois lados são maduros e desenvolvem essa maturidade na busca de uma solução e da sua respectiva implantação.
Um lado Passivo, não deixa aflorar o conflito por algum medo, receio, valores ou convicções. Tem solução ótima para o conflito, aparentemente. Autocentrado, estresse, brigas, possível solução arbitral externa. Só há o lado vencedor, porque só há um lado, o único lado, o único lado de AMBOS: a empresa, o projeto, a relação. Gera aumento da auto-estima, comprometimento mútuo e união. Fortalece as pessoas e facilita o enfrentamento de novos conflitos.
Outro lado Desconhece a existência do conflito Abandono de interesse, passividade, resignação externa, revolta interna, ressentimento, perda de auto-estima. Igualmente
autocentrado, estresse, brigas, possível solução arbitral externa.
Nas empresas busca-se fazer a gestão de conflitos com o aprendizado e a prática da solução por acordo, tarvés da batalha e busca incessante do consenso.

O que você vê no gráfico abaixo que pode colaborar com tudo o que foi exposto acima?

Arte e tecnica




ARTE E TÉCNICA
Arte - do latim ars; corresponde ao termo grego techne (técnica); significa: o que é ordenado ou toda espécie de atividade humana submetida a regras. Seu campo semântico se define em oposição ao acaso, ao espontâneo e ao natural.
Arte é um conjunto de regras para dirigir uma atividade humana qualquer.

Platão A concepção platônica considera a arte uma forma de conhecimento. Não distinguia a arte das ciências nem da Filosofia (como a arte, estas são atividade ordenadas).
Distinguia 2 tipos de arte ou técnica: 1) Judicativas – dedicadas apenas ao conhecimento; 2) Dispositivas ou imperativas – voltadas para direção de uma atividade, com base no conhecimento de suas regras.

Aristóteles Aristóteles toma a arte como atividade da prática. Estabelece duas distinções: a primeira distingue ciência e filosofia (necessário – o que não pode ser diferente do que é); arte ou técnica (possível/contingente – o que pode ser diferente do que é); a segunda é feita dentro do campo do contingente, entre ação (práxis) e fabricação (poiesis).
Plotino Distingue artes cuja finalidade é auxiliar a Natureza (medicina, agricultura) daquelas cuja finalidade é fabricar objetos com os materiais oferecidos pela Natureza (artesanato).


Varrão A classificação das artes seguirá padrão determinado pela estrutura social fundada na escravidão (despreza o pelo trabalho manual). Divide as artes em (perdurará do séc. II d. C. ao XV):
Liberais - dignas do homem livre (gramática, retórica, astronomia, lógica, aritmética, música)
Mecânicas - própria do trabalhador manual/servil (medicina, arquitetura, agricultura, pintura, escultura, olaria etc)
Idade Média
Tomaz Aquino Justifica classificação. Artes que dirigem o trabalho da razão e as que dirigem o trabalho das mãos. A alma é livre e o corpo é sua prisão. Assim, as artes liberais são superiores às mecânicas.

Renascimento Humanismo dignifica o corpo humano. Tal dignidade se traduz na batalha e a conversão das artes mecânicas à condição de liberais. Com o desenvolvimento do capitalismo, o trabalho passa a ser considerado causa e fonte de riquezas. Tal valorização acarretou também a das artes.




Final século XVII e
século XVIII Distinguiram-se as finalidades das artes mecânicas:
- Finalidade é serem úteis aos homens (medicina, agricultura, culinária, artesanato);
- Aquelas cuja finalidade é o belo (pintura, escultura, arquitetura, poesia, música, teatro, dança). Com a idéia do belo, surgem as sete artes ou belas artes.
A distinção entre o útil e o belo leva à noção da arte como ação individual vinda da sensibilidade do artista como gênio criador.
Gênio criador (do lado do artista), beleza (do lado da obra) e juízo de gosto (do lado do público) constituem os pilares sobre os quais se erguerá uma disciplina filosófica: a estética.

Final século
XIX e
século XX As artes passaram a ser concebidas menos como criação genial e mais como expressão criadora, isto é, como transfiguração do visível, do sonoro, do movimento, da linguagem, dos gestos em obras artística. Não pretendem imitar a realidade, nem pretendem ser ilusões sobre a realidade, mas exprimir por meios artísticos, a realidade.
Filósofos = amigos da sabedoria.
Philo, deriva de philia, significa amor fraterno, amizade.
Sophia, significa sabedoria.

Os primeiros filósofos surgira no século VI a. C., na Escola de Mileto.
Defendiam que tudo na natureza derivava de um elemento básico (água, p/ Tales; ar, p/ Anaxímenes).

No final do século VI a. C. surgiu a Escola Pitagórica.
Os pitagóricos defendiam o número, elemento abstrato, como essência de tudo, concebendo um universo imutável fundamentado na ordem e na harmonia.

No século V a. C. Heráclito, contrariando os pitagóricos, provou que tudo no universo estava em constante transformação. Surge a Escola Sofista, que negava a existência de uma verdade absoluta e buscava conhecimentos úteis à vida, enfatizando a retórica e o uso da palavra.

No século V a. C. a filosofia ocupou-se com o homem, especialmente com a questão da ética. Surge a Escola Socrática. Sócrates defendia que a reflexão e a virtude eram fundamentais à vida.

A Escola Socrática continuou com Platão. Para Platão, cada fenômeno terrestre era um pálido reflexo do mundo das idéias. Por isso, ficou conhecido como o filósofo do ideal.

Outro filósofo da Escola Socrática foi Aristóteles. Ao contrário de Platão, concentrava seus estudos nas mutações do mundo material. Para ele o real existia independentemente das idéias, e para conhecê-lo era necessário desenvolver a lógica.
ARTE E FILOSOFIA
Dois grandes momentos de teorização da arte. No primeiro (inaugurado por Platão e Aristóteles) a Filosofia trata as artes sob a forma da poética (estuda as obras de arte como fabricação de seres e gestos produzidos pelos seres humanos); no segundo (a partir do séc. XIII) sob a forma da estética(tradução do grego aesthesis; significa conhecimento sensorial, experiência, sensibilidade).
No séc. XX as artes deixaram de ser vistas exclusivamente como produtoras da beleza (contemplação). Tal mudança fez com que a idéia de gosto e de beleza perdessem o privilégio dos estudos da estética. Com isso a filosofia da arte (estética) aproxima-se cada vez mais da idéia de poética, a arte como trabalho e não como contemplação e sensibilidade.

Núcleos principais de investigação: Relação entre arte e natureza, relação entre arte e humano, finalidades da arte
Investigaremos a Relação entre Arte e Natureza
Aristóteles -
Estética da
mimese Imitação: “a arte imita a natureza”. A obra resulta da atividade do artista para imitar outros seres por meio de sons, sentimentos, cores, formas etc. O valor da obra está na habilidade do artista. Imitar não significa reproduzir, mas representar a natureza através da obediência a regras para que a obra figure algum ser, algum sentimento, algum fato. A finalidade é a busca da harmonia e proporção.
Romantismo -
Estética da criação Após 23 séculos de definição da arte como imitação, a Filosofia passa definir a obra de arte como criação. Ao contrário da concepção anterior onde o valor estava na qualidade do objeto imitado, agora o valor é localizado na figura do artista como gênio criador. A idéia da inspiração explica a atividade artística. A obra é a exteriorização dos sentimentos interiores do gênio excepcional. A arte não reproduz a natureza, mas liberta-se dela, criando uma realidade humana e espiritual. Pela atividade livre do artista, os homens se igualam à ação criadora de Deus. Nesse momento (estética da criação) a filosofia separa homem e natureza.
Século XX
Estética contemporânea A obra de arte não é pura receptividade imitativa ou reprodutiva, nem pura criatividade espontânea e livre, mas expressão de um sentido novo e um processo de construçãodo objeto artístico em que o artista, às voltas com a natureza, constrói um sentido novo (a obra) e o institui como parte da cultura. Tal concepção coloca o artista num embate contínuo com a natureza e com a sociedade, deixando de vê-lo como gênio criador solitário e excepcional.


“A estética é algo muito diferente das teorias da arte, às quais
correspondia uma práxis (ação) e, portanto, pretendiam estabelecer
normas e diretrizes para a produção artística. A estética é uma
filosofia da arte, o estudo, sob um ponto de vista teórico, de uma
atividade da mente: a estética, de fato, se situa entre na lógica, ou
filosofia do conhecimento, e a moral, ou filosofia da ação. É também,
notoriamente, a ciência do “belo”, mas o belo é o resultado de uma
escolha, e a escolha é um ato crítico ou racional, cujo ponto de
chegada é o conceito. Não se pode, contudo, dar uma definição
absoluta do belo; como é a arte que o realiza, só se pode defini-lo
enquanto realizado pela arte. É verdade, porém que se faz uma
distinção entre o belo da arte e o belo da natureza, mas as duas
formas do belo estão em estreita relação: como a arte, por definição,
é imitação, não existiria o belo artístico se não se imitasse a natureza;
no entanto, se a arte não ensinasse a escolher o belo entre as
infinitas formas naturais, não teríamos noção do belo na natureza.”
Giulio Carlo Argan


A coisa não é bela em si, mas no juízo a define como tal.
O belo não é objetivo, mas subjetivo:
o “belo romântico’ é justamente o belo subjetivo, característico, mutável
contraposto ao “belo clássico”, objetivo, universal, imutável.

A cultura artística moderna mostra-se centrada na relação dialética, quando não de antítese:
Clássico: ligado à arte do mundo antigo, greco-romano e ao renascimento na cultura humanista dos séculos XV e XVI.
Romântico: ligado à arte cristã da Idade Média

Wörringer
Distinção por áreas geográficas:
Clássico: o mundo mediterrâneo, onde as relações dos homens com a natureza é clara e positiva
Romântico: o mundo nórdico, onde a natureza é uma força misteriosa, freqüentemente hostil.

Clássico e Romântico foram teorizados entre a metade do século XVIII até meados do XIX.
Meados do XVIII: os preceitos ou tratados do Renascimento e do Barroco são substituídos pela estética.
A ruptura na tradição se define com a cultura do Iluminismo.
A natureza não é mais a ordem revelada e imutável da criação, mas o ambiente da existência humana.


ARTE E SOCIEDADE
A discussão sobre a relação arte-sociedade levou a duas atitudes filosóficas opostas: uma define que a arte só é arte se for pura, se não se preocupar com as circunstâncias históricas e sociais (arte pela arte); a outra afirma que o valor da obra decorre de seu compromisso crítico diante das circunstâncias presentes (arte engajada).

A primeira concepção (arte pela arte) desemboca no chamado formalismo, em que a perfeição da obra é que a legitima, e não o seu conteúdo.
A segunda concepção desemboca no conteudismo, onde é a mensagem que conta.

Formas de inferência válida



Sabemos que argumentos são raciocínios lógicos, que podem ser corretos ou incorretos. Todo raciocínio dedutivo envolve pelo menos uma premissa e umaconclusão.
Há argumentos formados por apenas uma premissa e uma conclusão. São as inferências. Inferência é um processo pelo qual, através de determinados dados, chega-se a alguma conclusão. Outros sinônimos de inferência sãoconclusão, implicação, ilação e conseqüência.
Certas inferências são imediatas, são diretas. Inferência imediata é aquela na qual a conclusão surge como conseqüência necessária da premissa. Por exemplo, vamos considerar o seguinte enunciado:
Todo mamífero é vertebrado.
Vamos admitir, então, que este enunciado seja verdadeiro (e é, claro!). Portanto, concluímos imediatamente que o enunciado abaixo é falso.
Alguns mamíferos não são vertebrados.
No caso dos mamíferos, não seria preciso estudar lógica para chegar a esta conclusão. Mas imagine uma situação em que não dominamos o conteúdo da proposição. Por exemplo, se a proposição abaixo é verdadeira:
Todo S é P.
Então a proposição abaixo é falsa:
Alguns S não são P.
Isto acontece porque sempre que uma proposição do tipo A é verdadeira, uma proposição do tipo O é falsa. Fizemos uma inferência válida. Nosso raciocínio está correto.
Em outras palavras: se admitimos que a primeira proposição é verdadeira, temos certeza de que a segunda é falsa.
Tipos de proposição?
Utilizamos letras para representar os quatro tipos de proposição usados nos raciocínios dedutivos.
A = Todo S é P.
I = Alguns S são P.
E = Nenhum S é P.
O = Alguns S não são P.
Pois bem. Inferências imediatas são aquelas que envolvem apenas uma premissa e uma conclusão. A partir de cada uma das quatro proposições categóricas, podemos fazer diversas inferências válidas. Vamos tomar a proposição do tipo A.
Se A é verdadeira, então E é falsa.
Se A é verdadeira, então I é verdadeira.
Se A é verdadeira, então O é falsa.
Existem situações em que não podemos saber com certeza se a conclusão será verdadeira ou falsa. Nesse caso, dizemos que ela é indeterminada, e usamos o sinal i. Por exemplo:
Se O é verdadeira, então E é indeterminada.
Por que isto acontece?
Porque se tomamos um enunciado do tipo O verdadeiro (Alguns S não são P.), tanto pode acontecer que o enunciado E correspondente (Nenhum S é P.) seja falso ou verdadeiro. A conclusão da inferência pode ser verdadeira ou falsa.
Observe:
Alguns deputados do Congresso Nacional não são paulistas.(verdadeiro)
Nenhum deputado do Congresso Nacional é paulista. (falso)
Mas pode ocorrer também esta outra situação:
Alguns deputados do Congresso Nacional não são estrangeiros. (verdadeiro)
Nenhum deputado do Congresso Nacional é estrangeiro. (verdadeiro)
(Lembrando sempre que "alguns" significa em lógica "pelo menos um", e não "apenas alguns".)
Para facilitar nosso trabalho, os lógicos elaboraram uma tabela de verdade. É só consultar a tabela para saber se uma inferência é válida ou não!
Inferências imediatas a partir de proposições verdadeiras:
A E I O
Se A é verdadeira falsa verdadeira falsa
Se E é verdadeira falsa falsa verdadeira
Se I é verdadeira indeterminada falsa indeterminada
Se O é verdadeira falsa indeterminada indeterminada

Também podemos fazer inferências imediatas válidas através de proposições falsas. Por exemplo: Sabemos que é falsa a seguinte afirmação:
Todos os curiós são quadrúpedes.
Logo, esta outra afirmação será verdadeira:
Alguns curiós não são quadrúpedes.
Vamos à tabela?
Inferências imediatas a partir de proposições falsas:
A E I O
SeA é falsa indeterminada indeterminada verdadeira
SeE é falsa indeterminada verdadeira indeterminada
Se Ié falsa falsa verdadeira verdadeira
SeO é falsa verdadeira falsa verdadeira

Para você pensar
Utilizando a tabela de verdade, descubra se as afirmações abaixo são verdadeiras ou falsas, supondo que a primeira seja verdadeira:
Alguns políticos são corruptos.
Alguns políticos não são corruptos.
Todos os políticos são corruptos.
Nenhum político é corrupto.

A Revolução Cientifica do século XVII



Na história da ciência, revolução científica é o período que se dá a partir de quando Galileu, Kepler, entre outros pensadores do século XVII iniciam suas descobertas. A partir desse período, a Ciência, que até então estava atrelada à Filosofia, separa-se desta e passa a ser um conhecimento mais estruturado e prático.
Houve muitas teorias revolucionárias que diferem na intensidade com que influenciaram o pensamento humano. Algumas representaram profundas modificações na forma do homem examinar a natureza, como por exemplo, a introdução de um tratamento matemático na descrição dos movimentos dos planetas, introduzida pelos babilônios e depois aperfeiçoada pelos gregos. Outras representaram micro-revoluções, como o sistema de classificação de seres vivos, introduzida por Aristóteles. A maior revolução científica de todos os tempos ocorreu no início do século XV e modificou a estrutura da ciência, o que poderia explicar sua grande influência no pensamento humano. As causas principais da revolução podem ser resumidas em: renascimento cultural, a imprensa, a reforma protestantee o hermetismo.
Com a referida revolução, a ciência mudou sua forma e sua função, passando a ser repensada nos moldes na nova sociedade que estava emergindo nesta época. Os objetivos do homem da ciência e da própria ciência acabaram sendo redirecionados para uma era livre das influências místicas da idade média.
O renascimento cultural trouxe como uma de suas características o humanismo. Esta corrente de pensamento e comportamento pregava a utilização de um senso crítico mais elevado e uma maior atenção às necessidades humanas ao contrário do teocentrismo da Idade Média, que pregava a atenção total aos assuntos divinos e, portanto, um senso crítico menos elevado. Este maior senso crítico exigido pelo humanismo permitiu ao homem observar mais atentamente os fenômenos naturais em vez de renegá-los à interpretação da Igreja Católica.
A imprensa, inventada neste mesmo período, desempenhou um papel fundamental na revolução científica. Assim, desapareciam os erros de interpretação e cópia que acabavam por deturpar as traduções. A impressão em língua vernácula permitiu uma maior divulgação de material se comparado aos escritos em latim, que eram compreendidos apenas pelos estudiosos desta língua.
A reforma religiosa participou de modo decisivo do desencadeamento da revolução científica. Os reformistas pregavam que uma forma de se apreciar a existência de Deus era através das descobertas na ciência e por isto estas foram incentivadas, proporcionando uma propulsão ao desenvolvimento da revolução científica.
Finalmente, o hermetismo selou a revolução, na medida em que representava um conjunto de idéias quase mágicas, mas que exaltavam a concepção quantitativa do universo, encorajando o uso da matemática para relacionar grandezas e demonstrar verdades essenciais. A difusão da matemática criou um ambiente propício para o desenvolvimento de um método científico mais rigoroso e crítico, o que modificou a forma de fazer ciência.
Não é necessário enumerar as conseqüências deste período na história da ciência. Todos os grandes desenvolvimentos posteriores talvez não tivessem sido possíveis sem a reestruturação científica. Como toda revolução, esta não ocorreu de maneira isolada ou por motivos próprios, mas foi conseqüência principalmente de uma nova sociedade imbuída em novas idéias.
[editar]Grandes nomes
Isaac Newton
• Suas descobertas durante o século XVII guiaram os estudos da física pelos 200 anos seguintes; • Por trás de fenômenos aparentemente banais construiu a base de teorias revolucionárias; • Nasceu em 25 de Dezembro de 1642, em Woolsthorpe, na Inglaterra; • Em 1661, com 18 anos, ingressa na universidade de Cambridge, estudou matemática e filosofia; • Em 1668, depois de idealizar as leis de reflexão e refração de luz, construiu o primeiro telescópio reflexivo; • Em 1669, assume o cargo de professor de matemática na universidade de Cambridge; • Em1672, é convidado para a Real Sociedade Britânica; • Em 1687, publica “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, o famoso “Principia”, em que descreve as leis da gravidade e dos movimentos; • Em 1696, é nomeado Guardião da Casa da Moeda; • Em 1705, ele recebe um título de nobreza da rainha Anne e passa a se chamar Sir Isaac Newton; • Em 1727, ele morre, no dia 20 de março e é enterrado na abadia londrina de Westminster, na Inglaterra.
Galileu Galilei
• Viveu entre 1564 e 1642;
• Criticava Aristóteles dizendo que “A tradição e a autoridade dos antigos sábios não são fontes de conhecimento científico” e que a única maneira de compreender a natureza é experimentando;
• Achava que fazer ciência é comprovar através da experiência;
• Dizia que “o livro da natureza é escrito em caracteres matemáticos”;
• Foi acusado, pelas autoridades, de ser inimigo da fé. Foi julgado pelo tribunal do santo ofício, a Inquisição. Ele reconheceu diante dos inquisitores que estava “errado”, para poder terminar suas pesquisas. Segundo a lenda, ele disse baixo: "Eppur si muove", ou, “mas ela anda”, ou seja, que a Terra não é um ponto fixo no centro do universo.
A história de Galileu é um exemplo célebre de como a violação à liberdade de opinião das pessoas pode ser altamente prejudicial ao desenvolvimento das ciências.
René Descartes
• Viveu entre 1596 e 1650;
• Demonstrou como a matemática poderia ser utilizada para descrever as formas e as medidas dos corpos;
• Inventou a geometria analítica;
• Sua obra mais famosa chama-se “discurso sobre o método” (1636). Nela, Descartes procura nos convencer que o raciocínio matemático deveria servir de modelo para o pensamento filosófico e para todas as ciências;
• Uma das frases mais célebres da história do pensamento filosófico é: "Penso, logo existo". Ele acreditava que dessa verdade ninguém poderia duvidar.
• O raciocínio matemático é baseado, principalmente, na lógica dedutiva, em que nós partimos de uma verdade para encontrarmos outras verdades, ou seja, que uma verdade é conseqüência da outra.
Outros cientistas
• Francis Bacon (1561 a 1626): Mostrou a importância de um método de experimentação que reduzisse os equívocos tanto do intelecto quanto da pura experiência, aliando o melhor de ambos para a aquisição dos conhecimentos científicos. Defendeu o método indutivo nas ciências.
• Nicolau Copérnico (1473 a 1543): Mostrou que o sol fica no centro do sistema, mas, achava que a órbita da terra era uma circunferência perfeita, o que era errado, mas, o alemão Kepler (1571 a 1630) o corrigiu, mostrando que a distância da terra e do sol é variável, em forma de elipse.
• Louis Pasteur (1822 a 1895) foi o primeiro cientista a provar que seres invisíveis a olho nu, os microorganismos, eram os responsáveis por diversas doenças. Suas descobertas ajudaram a salvar vidas e abriram as portas para o avanço da microbiologia e da imunologia;
• Francesco Redi (1626 a 1698): Era um médico italiano e demonstrou que não existia a geração espontânea, uma idéia aristotélica. Ele fez uma experiência: Ele colocou carne em vários vidros. Deixou alguns abertos e cobriu outros com um tecido fino de algodão, que permitisse a entrada de ar. Este tecido era importante, pois para os defensores da geração espontânea, o ar era fundamental para que o fenômeno acontecesse. Se a teoria da geração espontânea fosse verdadeira, as larvas de moscas deveriam aparecer tanto nos vidros abertos quanto nos vidros cobertos com gaze, mas, após alguns dias, surgiram larvas só nos vidros abertos. Redi mostrou, então, que as larvas surgiam das moscas, e não por geração espontânea. As moscas podiam entrar nos vidros abertos e depositar seus ovos sobre a carne, mas não conseguiam entrar naqueles cobertos pelo tecido.

Etica e ciência


A ética é uma característica própria a toda ação humana, tendo como objetivo facilitar a realização das pessoas. A ciênciaenvolve investigação e busca pela verdade. Na ciência temos a ética como suporte para não haver erros, pois a responsabilidade faz parte da ética e é fundamental no meio cientifico. A produção cientifica não se realiza fora de um determinado contexto social e político.

Com este estudo pretende-se conceituar ciência e ética, evidenciando a relação existente entre elas.
A ciência baseia-se em pesquisas, investigações e nas exigências de que as teorias sejam internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade. Sendo o conhecimento que resulta do trabalho racional.
Enquanto ética institui princípios e valores que orientam as pessoas e a sociedade. Segundo o Dicionário Aurélio (1996, p.73), Ética é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto".
A ciência tenta discernir com sabedoria ética o melhor para o ser humano. Sendo de muita importância este apelo ético na ciência, pois a sociedade depende das conseqüências.
Concluiu-se que ciência é um conhecimento sistemático, dá-se pela leitura, reflexão, sistematização, conhecimento lógico, sendo quase impossível vivermos sem seus benefícios. Existiu um grande debate contemporâneo em torno da ética.

A palavra Ética é originada do grego ethos, que significa modo de ser, caráter. Através do latim mos (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra moral.[1] Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade.
Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica e busca explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade,[2] bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Porém, deve-se deixar claro que etimologicamente "ética" e "moral" são expressões sinônimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução para o latim.
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.[2]
Modernamente, a maioria das profissões têm o seu próprio código de ética profissional, que é um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética, freqüentemente incorporados à lei pública. Nesses casos, os princípios éticos passam a ter força de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer influência, por exemplo, em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos à conduta profissional. Ademais, o seu não cumprimento pode resultar em sanções executadas pela sociedade profissional, como censura pública e suspensão temporária ou definitiva do direito de exercer a profissão.
Tanto “ethos” (caráter) como “mos” (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por hábito” (VÁZQUEZ). Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.
A ética pode ser interpretada como um termo genérico que designa aquilo que é freqüentemente descrito como a "ciência da moralidade", seu significado derivado do grego, quer dizer 'Casa da Alma', isto é, suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.
Em Filosofia, o comportamento ético é aquele que é considerado bom, e, sobre a bondade, os antigos diziam que: o que é bom para a leoa, não pode ser bom à gazela. E, o que é bom à gazela, fatalmente não será bom à leoa. Este é um dilema ético típico.
Portanto, de investigação filosófica, e devidas subjetividades típicas em si, ao lado da metafísica e da lógica, não pode ser descrita de forma simplista. Desta forma, o objetivo de uma teoria da ética é determinar o que é bom, tanto para o indivíduo como para a sociedade como um todo. Os filósofos antigos adotaram diversas posições na definição do que é bom, sobre como lidar com as prioridades em conflito dos indivíduos versus o todo, sobre a universalidade dos princípios éticos versus a "ética de situação". Nesta, o que está certo depende das circunstâncias e não de uma qualquer lei geral. E sobre se a bondade é determinada pelos resultados da ação ou pelos meios pelos quais os resultados são alcançados.
O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão central da Moral e da Ética. Enfim, a ética é julgamento do caráter moral de uma determinada pessoa. Como Doutrina Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, a não ser quanto ao seu método analítico, jamais será normativa, característica esta, exclusiva do seu objecto de estudo, a Moral. Portanto, a Ética mostra o que era moralmente aceito na Grécia Antiga possibilitando uma comparação com o que é moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando através da comparação, mudanças no comportamento humano e nas regras sociais e suas conseqüências, podendo daí, detectar problemas e/ou indicar caminhos. Nesse sentido, a ética e a moral, corroboram para formar subjetividades, ou seja, o modo como cada pessoa se constrói (pensa, age, fala, etc.); ou melhor, a experiência pessoal tem seus atravessamentos na éticidade e moralidade como especificidades da formação dos indivíduos.
[Doutrina
Como Doutrina Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, a não ser quanto ao seu método analítico, jamais será normativa, característica esta, exclusiva do seu objecto de estudo, a Moral. Portanto, a Ética mostra o que era moralmente aceito na Grécia Antiga possibilitando uma comparação com o que é moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando através da comparação, mudanças no comportamento humano e nas regras sociais e suas conseqüências, podendo daí, detectar problemas e/ou indicar caminhos. Além de tudo ser Ético é fazer algo que te beneficie e, no mínimo, não prejudique o "outro".
Eugênio Bucci, em seu livro Sobre Ética e Imprensa, descreve a ética como um saber escolher entre "o bem" e "o bem" (ou entre "o mal" e o mal"), levando em conta o interesse da maioria da sociedade. Ao contrário da moral, que delimita o que é bom e o que é ruim no comportamento dos indivíduos para uma convivência civilizada, a ética é o indicativo do que é mais justo ou menos injusto diante de possíveis escolhas que afetam terceiros.
[
A ética tem sido aplicada na economia, política e ciência política, conduzindo a muitos distintos e não-relacionados campos de ética aplicada, incluindo: ética nos negócios e Marxismo.
Também tem sido aplicada à estrutura da família, à sexualidade, e como a sociedade vê o papel dos indivíduos, conduzindo a campos da ética muito distintos e não-relacionados, como o feminismo e a guerra, por exemplo.
A visão descritiva da ética é moderna e, de muitas maneiras, mais empírica sob a filosofia Grega clássica, especialmente Aristóteles.
Inicialmente, é necessário definir uma sentença ética, também conhecido como uma afirmativa normativa. Trata-se de um juízo positivo ou negativo (em termos morais) de alguma coisa.
Sentenças éticas são frases que usam palavras como bom, mau, certo, errado, moral, imoral, etc.
Aqui vão alguns exemplos:
 “Salomão é uma boa pessoa”
 “As pessoas não devem roubar”
 “A honestidade é uma virtude”
Em contraste, uma frase não-ética precisa ser uma sentença que não serve para uma avaliação moral. Alguns exemplos são:
 “Salomão é uma pessoa alta”
 “As pessoas se deslocam nas ruas”
 "João é o chefe".
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a principal lei ética na robótica é que:
 Um robô jamais deve ser projetado para machucar pessoas ou lhes fazer mal
na biologia:
 Um assunto que é bastante polémico é a clonagem: uma parte dos ativistas considera que, pela ética e bom senso, a clonagem só deve ser usada, com seu devido controle, em animais e plantas somente para estudos biológicos - nunca para clonar seres humanos.

Felicidade


A Dissertação busca apresentar uma reconstrução do conceito de felicidade na Filosofia prática de Kant. O tema não se restringe em Kant a uma só obra, pois comparece em várias: na Crítica da razão prática (CRPr), na Fundamentação da metafísica dos costumes (FMC), na Metafísica dos costumes (MC), na Antropologia de um ponto de vista pragmático (A), e, inclusive, na Crítica da razão pura (CRP). A parte inicial da Dissertação consiste em uma breve exposição sobre a regra moral e os princípios práticos do agir, e nela se busca esclarecer o conceito de autonomia da vontade, imprescindível para a justificação da moralidade, e sem o qual o homem não poderia ser pensado como um fim em si mesmo. Na seqüência, a exposição se reporta à concepção de felicidade enquanto satisfação empírica, e tende, por um lado, a justificar por que Kant a exclui no que diz respeito à justificação do agir moral; por outro, por que a sua presença ou falta pode auxiliar ou prejudicar o cumprimento do dever moral. Num terceiro momento, dentro de uma perspectiva críticosistemática, e a partir da análise do conceito de sumo bem (summum bonum), tido como o objeto a priori da moralidade, busca-se mostrar a função sistemática da felicidade no contexto da filosofia prática kantiana. Nesse momento, a questão que se impõe é a seguinte: embora a felicidade não possa exercer papel algum no que diz respeito à justificação moral, torna-se, no entanto, um elemento de extrema importância na efetivação ou possível realização da moralidade. Daí por que Kant não a exclui definitivamente, embora não lhe dê o mesmo enfoque que a tradição filosófica lhe dera até então. Quando se pensa o bem perfeito para um ser racional, nele deve estar incluída também a felicidade, mas sob a condição de merecimento. A felicidade, por esse ponto de vista, passa então a não mais consistir na satisfação das necessidades, tendências e impulsos humanos, mas simplesmente a se constituir em um conceito do mundo moral.

A maioria dos homens acreditam que a felicidade é viver bem e ir bem equivale a ser feliz. Se formos julgar pela vida dos homens, estes em sua maioria, e os mais vulgares entre eles, parecem identificar o bem, ou a felicidade com o prazer, com a riqueza, com as honrarias; mas até pessoas componentes da maioria divergem entre si, e muitas vezes a mesma pessoa identifica o bem cmo coisas diferentes, dependendo das circunstâncias.Há quem pense que além desses muitos bens há um outro bom por si emsmo, e que também é a causa de todos os outros.Parece que a felicidade, mais que qualquer outro bem, é tida como o bem supremo, pois a escolhemos por si mesma, e nunca por causa de algo mais. Algumas pessoas pensam que a felicidade é excelência, outras que é discernimento, ouras que é uma espécie de sabedoria, outras ainda pensam que ela é tudo isso, ou uma dessas noções em conjunto com o prazer ou a prosperidade exterior. Nossa definição de felicidade é condizente com a opinião dos que idwntificam a felicidade com a excelência. A vida de atividade conforme à excelência é agradável em si, pois o prazer é uma disposição da alma, e o agradável para cada pessoa é aquilo que se costuma dizer que ela ama. São nossas atividades segundo à excelência que nos levam a felicidade. O homem feliz, portanto deverá possuir o atributo em questão e será feliz por toda a vida, pois ele estará sempre, ou pelo menos frequentemente, engajado na prática ou na contemplação do que é conforme à excelência. Sendo a felicidade, então uma certa atividade de alma conforme à excelência perfeita, é necessário examinar a natureza da excelência.
A excelência humana significa, a excelência não do corpo, mas da alma,e tembém dizemos que a felicidade é uma atividade da alma. Há duas espécies de excelência; a intelectual e a moral. Aintelectual requer experiência e tempo e se deve à instrução. A excelência moral é produto do hábito e é construída, por natureza, de modo a ser destruída pela deficiência e pelo excesso, mas preservad pelo meio termo. As ações justas e moderads quando são como as que homem justo e moderado pratica. A excelência moral é uma disposição da alma relacionada com a escolha de ações e emoções. Trata-se de um estado intermediário, por que nas várias formas de deficiência moral há falta ou excesso do que é conveniente tanto nas emoções quanto nas ações. Assim sendo o homem que busca incessantemente a virtude, equilibrará suas ações e emoções e reconhecerá a felicidade como o bem maior.

Poder


Poder (do latim potere) é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância ou a posse do domínio, da influência ou da força.
A sociologia define poder, geralmente, como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira. Existem, dentro do contexto sociológico, diversos tipos de poder: o poder social, o poder econômico, o poder militar, o poder político, entre outros. Foram importantes para o desenvolvimento da atual concepção de poder os trabalhos de Michel Foucault, Max Weber,Pierre Bourdieu
Dentre as principais teorias sociológicas relacionadas ao poder podemos destacar a teoria dos jogos, o feminismo, o machismo,o campo simbólico o especismo etc.
A política define o poder como a capacidade de impor algo sem alternativa para a desobediência. O poder político, quando reconhecido como legítimo e sancionado como executor da ordem estabelecida, coincide com a autoridade, mas há poder político distinto desta e que até se lhe opõe, como acontece na revolução ou nas ditaduras.
 Abuso de poder
 Autoritarismo
 Coerção
 Ditadura
 Geopolítica
 Relações de Poder

Conhecimento


Ato ou efeito de abstrair idéia ou noção de alguma coisa, como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obterinformação); conhecimento de um documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um produto ou serviço; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande conhecimento).
O tema "conhecimento" inclui, mas não está limitado a, descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou verdadeiros. O estudo do conhecimento é a gnoseologia. Hoje existem vários conceitos para esta palavra e é de ampla compreensão que conhecimento é aquilo que se sabe de algo ou alguém. Isso em um conceito menos específico. Contudo, para falar deste tema é indispensável abordar dado e informação.
Dado é um emaranhado de códigos decifráveis ou não. O alfabeto russo, por exemplo, para leigos no idioma, é simplesmente um emaranhado de códigos sem nenhum significado especifico. Algumas letras são simplesmente alguns números invertidos e mais nada. Porém, quando estes códigos até então indecifráveis, passam a ter um significado próprio para aquele que os observa, estabelecendo um processo comunicativo, obtém-se uma informação a partir da decodificação destes dados. Diante disso, podemos até dizer que dado não é somente códigos agrupados, mas também uma base ou uma fonte de absorção de informações. Então, informação seria aquilo que se tem através da decodificação de dados, não podendo existir sem um processo de comunicação. Essas informações adquiridas servem de base para a construção do conhecimento. Segundo esta afirmação, o conhecimento deriva das informações absorvidas.Se constrói conhecimentos nas interações com outras pessoas, com o meio físico e natural. Podemos conceituar conhecimento da seguinte maneira: conhecimento é aquilo que se admite a partir da captação sensitiva sendo assim acumulável a mente humana. Ou seja, é aquilo que o homem absorve de alguma maneira, através de informações que de alguma forma lhe são apresentadas, para um determinado fim ou não. O conhecimento distingue-se da mera informação porque está associado a uma intencionalidade. Tanto o conhecimento como a informação consistem de declarações verdadeiras, mas o conhecimento pode ser considerado informação com um propósito ou uma utilidade.


A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada.
O conhecimento não pode ser inserido num computador por meio de uma representação, pois neste caso seria reduzido a uma informação. Assim, neste sentido, é absolutamente equivocado falar-se de uma "base de conhecimento" num computador. No máximo, podemos ter uma "base de informação", mas se é possível processá-la no computador e transformar o seu conteúdo, e não apenas a forma, o que nós temos de facto é uma tradicional base de dados.
Associamos informação à semântica. Conhecimento está associado com pragmática, isto é, relaciona-se com alguma coisa existente no "mundo real" do qual temos uma experiência directa.
O conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, idéias e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa.
A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada. Aristóteles divide o conhecimento em três áreas: CIENTÍFICA, PRÁTICA e TÉCNICA.

Além dos conceitos aristotélico e platônico, o conhecimento pode ser classificado em uma série de designações/categorias:

Conhecimento Sensorial: É o conhecimento comum entre seres humanos e animais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar).

Conhecimento Intelectual: Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.

Conhecimento Vulgar/Popular: É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.

Conhecimento Científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.

Conhecimento Filosófico: Mais ligado à construção de idéias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.

Conhecimento Teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da revelação da divindade. A finalidade do Teólogo é provar a existência de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.

Conhecimento Intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz respeito à subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade humana. Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.
1.Intuição Sensorial/Empírica: “A intuição empírica é o conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis do objeto externo: cores, sabores, odores, paladares, texturas, dimensões, distâncias. É também o conhecimento direto e imediato de estados internos ou mentais: lembranças, desejos, sentimentos, imagens.” (in: Convite à Filosofia; CHAUÍ, Marilena).
2.Intuição Intelectual: A intuição com uma base racional. A partir da intuição sensorial você percebe o odor da margarida e o da rosa. A partir da intuição intelectual você percebe imediatamente que são diferentes. Não é necessário demonstrar que a “parte não é maior que o todo”, é a lógica em seu estado mais puro; a razão que se compreende de maneira imediata.

Direitos humanos


Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a idéia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidasafirma:

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

—Artigo 1º
[1]
A ideia de direitos humanos tem origem no conceito filosófico de direitos naturais que seriam atribuídos por Deus;[2] alguns sustentam que não haveria nenhuma diferença entre os direitos humanos e os direitos naturais e vêem na distinta nomenclatura etiquetas para uma mesma ideia. Outros argumentam ser necessário manter termos separadas para eliminar a associação com características normalmente relacionadas com os direitos naturais.,[3] sendo John Locke talvez o mais importante filósofo a desenvolver esta teoria.[4]
Existe um importante debate sobre a origem cultural dos direitos humanos. Geralmente se considera que tenham sua raiz na cultura ocidental moderna, mas existem ao menos duas posturas principais mais. Alguns[quem?] afirmam que todas as culturas possuem visões de dignidade que se são uma forma de direitos humanos, e fazem referência a proclamações como a Carta de Mandén, de 1222, declaração fundacional do Império de Malí. Não obstante, nem em japonês nem em sânscrito clássico, por exemplo, existiu o termo direito até que se produziram contatos com a cultura ocidental, já que estas culturas colocaram tradicionalmente um peso nos deveres. Existem também quem consideram que Ocidente não criou a idéia nem o conceito do direitos humanos, ainda que se uma maneira concreta de sistematizá-los, uma discussão progressiva e o projeto de uma filosofia dos direitos humanos.
As teorias que defendem o universalismo dos direitos humanos se contrapõem ao relativismo cultural, que afirma a validez de todos os sistemas culturais e a impossibilidade de qualquer valorização absoluta desde um marco externo, que neste caso seriam os direitos humanos universais. Entre estas duas posturas extremas se situa uma gama de posições intermediárias. Muitas declarações de direitos humanos emitidas por organizações internacionais regionais põem um acento maior ou menor no aspecto cultural e dão mais importância a determinados direitos de acordo com sua trajetória histórica. A Organização da Unidade Africana proclamou em 1981 a Carta Africana de Direitos Humanos e de Povos[1], que reconhecia princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e adicionava outros que tradicionalmente se tinham negado na África, como o direito de livre determinação ou o dever dos Estados de eliminar todas as formas de exploração econômica estrangeira. Mais tarde, os Estados africanos que acordaram a Declaração de Túnez, em 6 de novembro de 1992, afirmaram que não se pode prescrever um modelo determinado a nível universal, já que não podem se desvincular as realidades históricas e culturais de cada nação e aas tradições, normas e valores de cada povo. Em uma linha similar se pronunciam a Declaração de Bangkok, emitida por países asiáticos em 23 de abril de 1993, e de Cairo, firmada pela Organização da Conferência Islâmica em 5 de agosto de 1990.
Também a visão ocidental-capitalista dos direitos humanos, centrada nos direitos civis e políticos, se opôs um pouco durante a Guerra Fria, destacando no seio das Nações Unidas, ao do bloco socialista, que privilegiava os direitos econômicos, sociais e culturais e a satisfação das necessidades elementais.
Os direitos humanos são o resultado de uma longa história, foram debatidos ao longo dos séculos por filósofos e juristas. O início desta caminhada , remete-nos para a área da religião, quando o Cristianismo, durante a Idade Média, é a afirmação da defesa da igualdade de todos os homens numa mesma dignidade, foi também durante esta época que os filósofos cristãos recolheram e desenvolveram a teoria do direito natural, em que o indivíduo esta no centro de uma ordem social e jurídica justa, mas a lei divina tem prevalência sobre o direito laico tal como é definido pelo imperador, o rei ou o príncipe.
essencialmente ao homem/mulher, que são inerentes à natureza, que ele/s goza/m pelo simples facto de serem seres humanos. Com a idade moderna, os racionalistas dos séculos XVII e XVIII, reformulam as teorias do direito natural, deixando de estar submetido a uma ordem divina. Para os racionalistas todos os homens são por natureza livres e têm certos direitos inatos de que não podem ser despojados quando entram em sociedade. Foi esta corrente de pensamento que acabou por inspirar o actual sistema internacional de protecção dos direitos do homem.
A evolução destas correntes veio a dar frutos pela primeira vez em Inglaterra, e depois nos Estados Unidos. A Magna Carta (1215) deu garantias contra a arbitrariedade da Coroa, e influenciou diversos documentos, como por exemplo o Acto Habeas Corpus (1679), que foi a primeira tentativa para impedir as detenções ilegais. A Declaração Americana da Independência surgiu a 4 de Julho de 1776, onde constavam os direitos naturais do ser humano que o poder político deve respeitar, esta declaração teve como base a Declaração de Virgínia proclamada a 12 de Junho de 1776, onde estava expressa a noção de direitos individuais.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada em França em 1789, e as reivindicações ao longo dos séculos XIV e XV em prol das liberdades, alargou o campo dos direitos humanos e definiu os direitos econômicos e sociais.
Mas o momento mais importante, na história dos Direitos do Homem, é durante 1945-1948. Em 1945, os Estados tomam consciência das tragédias e atrocidades vividas durante a 2ª Guerra Mundial, o que os levou a criar a Organização das Nações Unidas (ONU) em prol de estabelecer e manter a paz no mundo. Foi através da Carta das Nações Unidas, assinada a 20 de Junho de 1945, que os povos exprimiram a sua determinação « em preservar as gerações futuras do flagelo da guerra; proclamar a fé nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e valor da pessoa humana, na igualdade de direitos entre homens e mulheres, assim como das nações, grande e pequenas; em promover o progresso social e instaurar melhores condições de vida numa maior liberdade.». A criação das Nações Unidas simboliza a necessidade de um mundo de tolerância, de paz, de solidariedade entre as nações, que faça avançar o progresso social e econômico de todos os povos.
Os principais objetivos das Nações Unidas, passam por manter a paz, a segurança internacional, desenvolver relações amigáveis entre as nações, realizar a cooperação internacional resolvendo problemas internacionais do cariz econômico, social, intelectual e humanitário, desenvolver e encorajar o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais sem qualquer tipo de distinção.
Assim, a 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é fundamental na nossa Sociedade, quase todos os documentos relativos aos direitos humanos tem como referência esta Declaração, e alguns Estados fazem referência direta nas suas constituições nacionais. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, ganhou uma importância extraordinária contudo não obriga juridicamente que todos os Estados a respeitem e, devido a isso, a partir do momento em que foi promulgada, foi necessário a preparação de inúmeros documentos que especificassem os direitos presentes na declaração e assim força-se os Estados a cumpri-la. Foi nesse contexto que, no período entre 1945-1966 nasceram vários documentos.
Assim, a junção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, os dois pactos efetuados em 1966, nomeadamente O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, sócias e Culturais, bem como os dois protocolos facultativos do Pacto dos Direitos Civis e Políticos ( que em 1989 aboliu a pena de morte), constituem A Carta Internacional dos Direitos do Homem.
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Muitos filósofos e historiadores do Direito consideram que não se pode falar de direitos humanos até a modernidade no Ocidente. Até então, as normas da comunidade, concebidas na relação com a ordem cósmica, não deixavam espaço para o ser humano como sujeito singular, se concebendo o direito primariamente como a ordem objetivo da sociedade. A sociedade estamental tem seu centro em grupos como a família, a linhagem ou as corporações profissionais ou laborais, o que implica que não se concebem faculdades próprias do ser humano enquanto tal. Pelo contrário, se entende que toda faculdade atribuível ao indivíduo deriva de um duplo status: o do sujeito no seio da família e o desta na sociedade. Fora do status não há direitos.
A existência dos direitos subjetivos, tal e como se pensam na atualidade, será objeto de debate durante os séculos XVI, XVII e XVIII, o que é relevante porque habitualmente se diz que os direitos humanos são produto da afirmação progressiva da individualidade e que, de acordo com ele, a idéia de direitos do homem apareceu pela primeira vez durante a luta burguesa contra o sistema do Antigo Regime. Sendo esta a consideração mais estendida, outros autores consideram que os direitos humanos são uma constante na História e tem suas raízes no mundo clássico; também sua origem se encontra na afirmãção do cristianismo da dignidade moral do homem enquanto pessoa.


Um dos documentos mais antigos que vinculou os direitos humanos é o Cilindro de Ciro, que contêm uma declaração do rei persa (antigo Irã) CiroII depois de sua conquista da Babilônia em 539 aC. Foi descoberto em 1879 e a ONU o traduziu em 1971 a todos seus idiomas oficiais. Pode ser resultado de uma tradição mesopotâmica centrada na figura do rei justo, cujo primeiro exemplo conhecido é o rei Urukagina, de Lagash, que reinou durante o século XXIV aC, e de onde cabe destacar tambémHammurabi da Babilônia e seu famoso Código de Hammurabi, que data do século XVIII aC. O Cilindro de Ciro apresentava características inovadoras, especialmente em relação a religião. Nele era declarada a liberdade de religião e abolição da escravatura. Tem sido valorizado positivamente por seu sentido humanista e inclusive foi descrito como a primeira declaração de direitos humanos.
Documentos muito posteriores, como a Carta Magna da Inglaterra, de 1215, e a Carta de Mandén, de1222, se tem associado também aos direitos humanos. Na Roma antiga havia o conceito de direito na cidadania romana a todos romanos.
A conquista da América no século XVI pelos espanhóis resultou em um debate pelos direitos humanos na Espanha. Isto marcou a primeira vez que se discutiu o assunto na Europa.
Durante a Revolução inglesa, a burguesia conseguiu satisfazer suas exigências de ter alguma classe de seguridade contra os abusos da coroa e limitou o poder dos reis sobre seus súditos, proclamando a Lei de Habeas corpus em 1679, em 1689 o Parlamento impôs a Guilhermo III da Inglaterra na Carta de Direitos (ou Declaração de direitos) uma série de princípios sobre os quais os monarcas não podiam legislar ou decidir.


Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789
No século XVII e XVIII, filósofos europeus, destacando-se John Locke, desenvolveram o conceito do direito natural. Os direitos naturais, para Locke, não dependiam da cidadania nem das leis de um Estado, nem estavam necessariamente limitadas a um grupo étnico, cultural ou religioso em particular. A teoria do contrato social, de acordo com seus três principais formuladores, o já citado Locke, Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, se baseia em que os direitos do indivíduo são naturais e que, no estado de natureza, todos os homens são titulares de todos os direitos.
A primeira declaração dos direitos humanos da época moderna é a Declaração dos Direitos da Virgíniade 12 de junho de 1776, escrita por George Mason e proclamada pela Convenção da Virgínia. Esta grande medida influenciou Thomas Jefferson na declaração dos direitos humanos que se existe naDeclaração da Independência dos Estados Unidos da América de 4 de julho de 1776, assim como também influênciou a Assembléia Nacional francesa em sua declaração, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 esta última definia o direito individual e coletivo das pessoas.
A noção de direitos humanos não experimentou grandes mudanças até o século seguinte com o início das lutas operárias, surgiram novos direitos que pretendiam dar solução a determinados problemas sociais através da intervenção do Estado. Neste processo são importantes a Revolução Russa e aRevolução Mexicana.
Desde o nascimento da Organização das Nações Unidas em 1945, o conceito de direitos humanos se tem universalizado, alcançando uma grande importância na cultura jurídica internacional. Em 10 de dezembro de 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em sua Resolução 217 A (III), como resposta aos horrores da Segunda Guerra Mundial e como intento de sentar as bases da nova ordem internacional que surgia atrás do armistício. Coincidência ou não, foi proclamada no mesmo ano da proclamação do estado de Israel.
Posteriormente foram aprovados numerosos tratados internacionais sobre a matéria, entre os quais se destacam os Pactos Internacionais de Direitos Humanos de 1966, e foram criados numerosos dispositivos para sua promoção e garantia.